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Vida: um vapor que aparece e logo se desvanece

Rubem Alves, 80 anos. João Ubaldo Ribeiro, 73 anos. Ariano Suassuna, 87 anos. Eduardo Campos, 49 anos. Poucas coisas na vida provocam mais reflexão no ser humano do que a morte, principalmente quando esta surpreende alguém que julgamos jovem demais para partir. Em menos de trinta dias, mortes de personalidades ligadas às artes e à política foram noticiadas, mas certamente a que tem provocado maior comoção nacional é a partida de Eduardo Campos, candidato à presidência do Brasil.

Pessoalmente, continuo lendo e assistindo as notícias, sem acreditar totalmente no que aconteceu. Jovem demais. Pai de cinco filhos. Uma longa carreira política pela frente. Poucas coisas são tão surpreendentes quanto a morte... Mas a Bíblia, completa e sábia, já nos alerta sobre isso, em Tiago 4:14 – “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece”.

A nossa vida, mesmo que dure cem anos, é breve se comparada à eternidade que nos aguarda. Por isso, enquanto estivermos por aqui, devemos ter nossos olhos voltados para ela, lembrando que o que fazemos nesta terra irá refletir eternamente. As escolhas que fazemos aqui, de estar ou não com Deus, refletirão na eternidade, onde estaremos ou não com Ele.

O mesmo capítulo de Tiago nos ensina a fazermos nossos planos sob a direção de Deus. Ao invés de dizermos – “amanhã iremos a tal cidade e lá passaremos um ano, e contrataremos e ganharemos”, devemos dizer: “Se o Senhor quiser, e se estivermos vivos, faremos isto ou aquilo”.

Jesus chama de louco aquele que faz grandes planos sem buscar conhecer a vontade de Deus, a exemplo do homem rico que planejava derrubar seus celeiros e construir outros maiores, para recolher suas riquezas e gozar, sozinho, dos seus bens. Deus disse a este homem: “Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lucas 12: 16-20).

Poucas coisas provocam maior reflexão do que a morte, e por isso o escritor de Eclesiastes diz que é melhor ir à casa onde há luto do que ir a uma festa, porque naquela está o fim de todos os homens e os vivos o aplicam ao seu coração.

Faz bem pensar na morte como um acontecimento natural ao ser humano. Mais do que isso, faz bem pensar na eternidade, e procurar viver esta vida passageira ao lado de quem queremos viver eternamente.

Nossa oração, portanto, deve ser a mesma do salmista, que pede ao Senhor: “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos um coração sábio”.�