Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira (19) apontam que, em Teresina, os moradores do residencial Torquato Neto, na zona Sul, são os que percorrem a maior distância até chegar a um hospital com suporte para internação. São cerca de 6,8 km do até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Promorar.
O número é muito superior se comparado com a distância média que as comunidades mais carentes da capital precisam andar de sua residência até a unidade de saúde mais próxima, que segundo o levantamento é de 1,6 km.
Quando o assunto é o acesso as unidades básicas de saúde a distância é menor. Em Teresina, as comunidades têm que percorrer em média 676 metros até esse tipo de atendimento, contudo, a Vila Encontro com Deus, na Zona Sudeste, é a que precisa percorrer o maior trajeto. São 2,7 km até encontrar o serviço na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Renascença.
No Brasil, a média de distância que a população residente em aglomerados subnormais, conhecidos também como favelas, grotas, entre outras, é menos que dois quilômetros até um hospital. Os números indicam ainda que 79,53% dessas comunidades estão a menos de um quilômetro de uma unidade básica de saúde.
Teresina é a sexta capital do país com maior número de residências consideradas subnormais. Cerca de 19,54% dos lares teresinenses são considerados assim. Belém está do topo do ranking com 55,49 das moradias. Por outro lado, Campo Grande tem o menor número ao registrar apenas 1,45%.
O levantamento denominado de Aglomerados Subnormais: Classificação preliminar e informações de saúde para o enfrentamento à Covid-19 tem como objetivo apresentar a gestores municipais e estaduais as distâncias que as comunidades mais carentes precisam andar até encontrar os atendimentos de unidade de saúde.
O gerente de Regionalização e Classificação Territorial do IBGE, Maikon Novaes, explicou que os dados foram coletados para integrarem o censo demográfico que foi adiado para 2021 por conta da pandemia do novo coronavírus, porém, sua divulgação foi antecipada devido à necessidade de apontar os locais com mais dificuldades aos serviços de saúde.
“Antecipamos a divulgação desses dados para mostrar qual é a situação dos aglomerados subnormais em municípios e estados, já que nessas localidades a população tem maior suscetibilidade ao contágio pela doença provocada pelo novo coronavírus, devido à grande densidade habitacional”, disse
Por: Otávio Neto com informações do IBGE