Iniciada em abril de 2013, a
construção da Ponte do Meio
parece que está perto de ser
concluída. Após diversos embargos e atrasos, a ponte, que
serve como complemento da
Ponte Juscelino Kubistchek
( JK), que faz ligação entre o
Centro e a zona Leste da Capital, está em fase de finalização, faltando concluir a área
que faz interligações com os
canteiros centrais das avenidas Frei Serafim e João XXIII.
Esse novo trecho, em fase de
implantação, servirá como
faixa de passeio para pedestres e ciclistas. A expectativa da Secretaria Estadual de
Transportes (Setrans) é que
a obra seja entregue no próximo mês.
Previsão é que a Ponte do Meio seja liberada totalmente em junho (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)
Atualmente, quem trafega no sentido Centro-Leste
percebe a interdição de duas
faixas da Ponte Juscelino
Kubistchek. De acordo com
Guilhermano Pires, secretário estadual de Transportes,
a medida visa oferecer segurança aos operários que trabalham na finalização da via.
“Se você perceber, ali na
Ponte do Meio eram três faixas; ficaram duas faixas para
rolamento e outra faixa é
mureta de proteção, que vai
segregando para fazer as interligações. Nesse primeiro
momento, a Ponte já está liberada, atendendo ao público. Como não está havendo
transtorno, é uma questão
de segurança para os homens
que estão trabalhando lá”, explica. Sobre o atraso de mais de
quatro anos para conclusão
da obra, Guilhermano Pires
explica que a situação ocorreu devido a problemas estruturais na Ponte JK. Segundo
ele, é uma estrutura antiga,
que nunca tinha passado por
nenhum tipo de reforma e,
durante as obras, um grande
número de pontos críticos
surgiu e houve a necessidade
de revitalização do local.
Outras intervenções
A obra da Ponte do Meio
ainda tem mais duas etapas,
quando serão construídas
uma praça de alimentação
nos espaços debaixo da ponte,
além de uma área que passará
por revitalização para receber
atividades culturais. Por último, será construído o shopping dos floristas, às margens
da Avenida Marechal Castelo
Branco, em frente à Assembleia Legislativa do Piauí.
A previsão é que até o final
de junho deste ano todas as
faixas estejam liberadas para
uso integral da ponte. Depois,
será realizada a parte de iluminação e arborização, prevista para ser concluída até o
final de julho.
Ainda segundo Guilhermano Pires, a Setrans tem responsabilidade apenas sobre a construção da Ponte do Meio.
Após a conclusão, o funcionamento de tráfego e possíveis
alterações nas avenidas João
XXIII e Frei Serafim são de
responsabilidade da Prefeitura. “A parte da Setrans é a
conclusão da ponte e interligação, atendendo ao Plano
Diretor da Prefeitura. Quando a ponte estiver entregue,
poderá liberar as cinco faixas
para implementar os corredores de ônibus, mas isso já
é competência da Prefeitura”,
afirma.
Pedestres questionam
futuros problemas com o novo
acesso da Ponte do Meio
Se por um lado a construção da Ponte do Meio,
com uma via exclusiva para
pedestres e ciclistas, tem o
objetivo de dar maior vazão ao trânsito nas avenidas
Frei Serafim e João XXIII;
por outro, o acesso a esta
via pode se tornar sinônimo de problemas para os
transeuntes. Antes mesmo
da conclusão da obra, muitos já se perguntam como
será feita a travessia do passeio central para as laterais,
e vice-versa, se não há faixas de pedestres nas proximidades.
De acordo com o estudante Thiago Silva, para
quem anda de bicicleta, a
falta de um sinal para poder passar de um lado para
outro da Frei Serafim pode
levar a acidentes. “Não tem
uma faixa de pedestre, não
tem sinal para a gente atravessar. Se a gente vai tiver
que passar de um lado a
outro, vai ter que ir à Rua
Goiás lá em cima e depois
voltar”, reclama. Ele acrescenta ainda que, quando
a via de ciclistas e pedestres ficavam nas laterais da
ponte, era mais viável aos
pedestres e ciclistas acessá-las.
As reclamações não se
restringem apenas à faixa
exclusiva para pedestres e
ciclistas no meio da Ponte,
mas se estendem também
aos transtornos causados
por conta das interdições
constantes que o trecho sofre no sentido Centro-Leste.
Thiago Silva, por exemplo,
menciona atrasos na chegada dos ônibus, por conta
dos fechamentos alternados
da via da direita (no sentido
de quem sai da Frei Serafim)
e da Ponte do Meio.
“Teve uma vez em que
interditaram os dois lados
da ponte e as pessoas não
podiam transitar a pé, só de
ônibus. Para mim que passo por ali todo dia, quando
não é de ônibus, é a pé, fica
difícil. Era para ser uma
construção rápida, para
ser mais uma via de acesso,
mas já passou do tempo de
terminar isso. Era para ser
uma obra de menos de um
ano, um ano no máximo, e
ainda hoje está do jeito que
está”, diz Thiago.
Sobre as mudanças do
fluxo de tráfego e sinalizações necessárias após a
entrega da Ponte do Meio,
a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans) informou que
ainda está estudando as alterações que serão feitas no
trecho.
Edição: Virgiane PassosPor: Leticia Santos