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Mesmo com preço estável, vendas estão abaixo do esperado na Ceapi

A Quaresma iniciou na quarta-feira de cinzas (1º) e, uma semana depois, ainda não atingiu a expectativa dos vendedores.

07/03/2017 08:23

Na Central de Abastecimento do Piauí (Ceapi), feirantes alegam que, mesmo com preços estáveis, a venda de produtos típicos da Quaresma, como milho, abóbora, maxixe e quiabo, estão abaixo do esperado. A Quaresma iniciou na quarta-feira de cinzas (1º) e, uma semana depois, ainda não atingiu a expectativa dos vendedores. 
Dentre os produtos mais procurados, as verduras e legumes se destacam. A abóbora teve uma queda no preço, assim como o milho. No entanto, os demais produtos estão com valores estáveis. De acordo com os comerciantes, a estabilidade do preço ou a leve queda no valor de alguns produtos não foram suficientes para a demanda aumentar. 

A abóbora teve uma queda no preço e, no varejo, está custando R$ 2 (Foto: Moura Alves/ O Dia)

O feirante Eliel de Sousa explica que o motivo maior é a expansão da venda dos produtos nos supermercados e quitandas de bairro, o que facilita a compra nos locais e afasta a procura na Ceapi. 
“A concorrência é muito grande. O mercado hoje está expandido tanto aqui quanto nos bairros. Então, tem muita gente que tem comércio e frutaria. Isso facilita para as pessoas do bairro, que preferem comprar lá, por ser mais perto e não precisar de um grande deslocamento. A gente sabe que até o estacionamento daqui é ruim, imagine para quem depende de ônibus. Os preços estão estabilizados, não tem muita diferença. Porém, é muito mais viável para o cliente fazer a compra nas proximidades de sua casa. Então, é por isso que a demanda fica fraca no varejo”, acredita Eliel. 
Atualmente, os principais compradores na Ceapi são os donos de estabelecimentos da cidade. “O que eu vejo é que a procura no atacado ainda existe e muito, porque eles compram em grande quantidade para vender nos bairros, principalmente nesse período de Quaresma, onde as pessoas que seguem a tradição de não comer carne vermelha compensam no consumo de verduras, legumes e carnes brancas”, completa o feirante. Eliel destaca ainda que a demanda no atacado é maior nos dias que antecedem a Quaresma e o volume de vendas tem um leve crescimento. 
Expectativa 
Tássio Pessoa também é feirante no local e vende abóboras. Ele aguarda uma melhora pela demanda do produto que até agora não foi tão intensa. “Por conta da Quaresma, aumentou um pouco, mas ainda está meio fraco, esperamos melhorar. Acredito que o consumo vai ser o mesmo do ano passado. A expectativa é que as vendas melhorem porque a abóbora nem está tão cara. No varejo, está R$ 2 esse ano. Ano passado, o preço estava praticamente dobrado”, lembra. 
 Comércio de carnes brancas 

(Foto: Moura Alves/ O Dia)

Gastão Veloso vende galinhas, capotes e frangos próximo à Ceapi e explica que geralmente, na Quaresma, tem um leve crescimento na demanda. Porém, a procura deste ano ainda não foi satisfatória. “Teve um pouquinho de aumento, mas ainda não foi satisfatório. Na Quaresma, as pessoas procuram mais carne branca para comer, mas eu ainda não senti essa intensificação na compra das galinhas, e olha que o frango está na mesma base de preço. Eu espero que daqui para o dia 15 melhore”, diz o vendedor afirmando que o preço da galinha, há 3 anos, varia de R$ 25 a R$ 35. 
Guilherme Paz trabalha em uma empresa que vende bacalhau na Ceapi e informa que a venda ainda não pode ser avaliada, pois o produto não chegou para ser fornecido. Para ele, a procura vai intensificar e a expectativas são as melhores. “A gente não começou a trazer ainda. Vamos fazer a compra do bacalhau essa semana. Mas a procura aumenta esse período e estamos com boas expectativas. Ano passado foi até razoável. Eu acho que o preço deve baixar um pouco em relação ao preço normal. A previsão é que o bacalhau desfiado, que estava em torno de R$ 260 ano passado, esteja em torno de R$ 250 este ano” comenta o vendedor.
Fonte: Karoll Oliveira
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