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Médico indica uso de tablet por crianças só depois dos 6 anos de idade

Especialista argumenta que os equipamentos não auxiliam na interação social e ainda são bastante limitados

11/07/2017 08:54

Com relação ao uso de eletrônicos por crianças, o neuropediatra Joniel Soares explica que os pais tendem a fornecer os aparelhos cada vez mais cedo, o que pode ser prejudicial para os pequenos. Isto porque os equipamentos não auxiliam na interação social e ainda são bastante limitados, vez que os comandos se resumem através de controles remotos ou touch na tela. 

“O recomendado é que a criança tivesse acesso a celular a partir dos dois anos de idade, tablets depois dos seis anos. Os pais fazem isso porque não estão dispostos a serem pais, dedicação de tempo, de carinho, afeto. É mais fácil dar o celular para a criança, ao mesmo tempo que eles também querem ficar nesses aparelhos, ao invés de interagir com os filhos”, argumenta Joniel Soares. 

Ariane põe a filha em contato com brinquedos educativos e musicais (Foto: Moura Alves/ O Dia)

O médico ainda enfatiza que oferecer brinquedos é uma das principais maneiras de ajudar no desenvolvimento dos filhos, sobretudo na inteligência, levando em consideração a faixa etária de cada brinquedo e criança. 

É o que conta a nutricionista Ariane Cronemberg, mãe da pequena Ana Maria, de apenas 1 ano e meio. Ela conta que sua interação com a filha começou ainda na barriga, com cantorias. Depois que nasceu, pais, tios e avós também colaboraram para a interatividade da menina, que aos seis meses já pronunciou sua primeira palavra. 

“Como moramos com os avós, tias, essa interação social ajudou bastante, porque todos ajudam no processo, que é natural. Eu sempre deixei à disposição todos os brinquedos, para ela escolher o que quer pegar, não só educativo, ou musical, porque ela também pode decidir o que quer fazer”, fala. Com um ano e meio, a pequena Ana Maria já desenvolve o desenho e consegue segurar um lápis, além de cantar ritmada. , que é a inteligência

Maneira inadequada de falar com bebês prejudica linguagem 

Outra orientação importante que o neuropediatra Joniel Soares destaca é a forma como os pais falam e agem com as crianças, principalmente nos primeiros anos de vida, quando eles estão na fase de balbuciar e pronunciar as primeiras palavras. Ele explica que os pais precisam falar corretamente sempre, evitando falar no diminutivo ou com voz de bebê. 

O neuropediatra Joniel Santos (Foto: Moura Alves/ O Dia)

“Não é bom falar assim, porque a criança não aprende nada, ela imita. Se ela ouve uma pessoa falando errado, ela vai falar errado. Não recomendaria que ninguém fizesse, não que seja proibido, mas evitar utilizar só esse tipo de vocabulário, para que a criança não repita só essas palavras”, pontua. 

Além disso, Joniel pontua que ter pais ao pronto-atendimento, ou seja, que nem esperam as crianças pedirem alguma coisa, como água, por exemplo, e já oferecem, é prejudicial. “Desta forma, a criança não precisa se pronunciar para pedir, já que ela não sente essa necessidade”, completa

Por: Isabela Lopes
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