Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Idosa pede uma passagem para ver o filho, que não sabe onde ela está

A assistente social do abrigo, Fernanda Gonçalves, explica que já entrou em contato com várias pessoas, mas até agora não obteve nenhuma resposta

04/12/2017 09:11

 Entre as diversas opções de produtos que os idosos poderiam escolher como presente, Maria da Conceição Motta pediu uma passagem para Marabá, no Pará, para reencontrar o filho e a família que não sabem onde ela está. Segundo dona Maria, ela está no abrigo há três meses, após ter sido deixada pelo vizinho que a trouxe para o Piauí para um tratamento no coração. 

“Quero que me arrumem passagem para eu ir onde meus filhos, no Marabá, moro no estado do Pará, vim para cá para me tratar do coração. Um vizinho meu me trouxe e me abandonou. Aí pedi ajuda, estou bem melhor, mas choro muito com saudade dos meus filhos. Eles não sabem que estou aqui no abrigo, mas sabem que estou em Teresina. Para mim, esse seria o melhor presente”, afirma. 


Maria da Conceição, a senhora de rosa, sonha em rever os filhos. Foto: Moura Alves/ODIA

A assistente social do abrigo, Fernanda Gonçalves, explica que já entrou em contato com várias pessoas para acionar o filho da idosa no Pará. Mas até o momento, não teve retorno, apesar de ter encontrado alguém que o conhece. “Deixei todos os meus números com essa pessoa que disse conhecer o filho da dona Maria para quando ela o ver, passar os contatos para ele, mas até agora, ninguém retornou”, disse.

Fernanda explica que a idosa veio encaminhada do Centro de Referência de Assistência Social - Cras e que estão indo atrás dos familiares. No entanto, afirma que o problema maior não é conseguir as passagens, mas ter alguém que a acompanhe, pois dona Maria é idosa e não pode ir sozinha. Ela também esclarece que o vizinho não a abandonou na rua sem ninguém, ele deixou a idosa com uma parente. 

"Não é que o vizinho a abandonou, ele retornou para o Estado e deixou ela sob responsabilidade de uma parente; porém, parece que a convivência não estava dando mais certo, pois ela queria retornar para casa, não queria ouvir ninguém e então procuraram o Cras. Mas o caso dela, nós já estamos indo atrás", esclarece a assistente.

Edição: Virgiane Passos
Por: Karoll Oliveira
Mais sobre: