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Hábitos no período escolar favorecem problemas de visão e audição

Pediatra destaca que práticas como uso exagerado de fones de ouvido e ler livros dentro do ônibus prejudicam os sentidos

24/05/2017 08:45

Durante o período escolar, é muito comum crianças e jovens reclamarem de dores de cabeça, visão embaçada, dores no ouvido e ter um mal desempenho na escola. Mesmo com o teste de triagem neonatal (teste do olhinho e da orelhinha) tendo indicado normalidade no quadro visual e auditivo da criança, a mesma pode desenvolver complicações futuras. Segundo o pediatra Carlos Henrique Rabelo, esses problemas podem estar diretamente relacionados a maus hábitos durante o período escolar. 
“Algumas práticas têm relação direta com o desenvolvimento desses problemas, como a utilização inadequada e exacerbada do fone de ouvido, ler livros dentro de ônibus, ficar muito tempo olhando pra tela do computador e celular, questão da iluminação e posição do ambiente de estudo. Tudo isso pode interferir e gerar lesões irreversíveis; por isso, é algo que deve ser sempre observado e policiado”, pontua. 

Genética também interfere no surgimento de distúrbios da visão (Foto: Arquivo O Dia)
De acordo com o pediatra, nos dias de hoje, virou costume crianças ficarem em frente à tela do computador constantemente, sem repouso algum. Ele alerta para o perigo da prática e diz que até a distância do olho para a tela deve ser reparada. A criança deve ficar, no mínimo, a 30 centímetros de distância da tela do computador e do celular, que também prejudica bastante a visão. 

Genética 
No período letivo, quando a criança começa a se socializar mais, o desempenho auditivo e oftalmológico deve ter um melhor desempenho e é nesse momento que as queixas aparecem. O médico explica que as complicações nem sempre advêm dos hábitos inadequados, elas também podem ser oriundas de características genéticas próprias de cada indivíduo. 
“Existe uma série de causas que levam ao distúrbio de visão e ao distúrbio de audição. No campo de distúrbio de visão, existem os de refração, os mais comuns, como miopia e astigmatismo, assim como outros distúrbios, por exemplo o glaucoma e a catarata. E isso é uma herança genética diretamente relacionada ao gene da criança, que vai fazer com que o olho tenha tamanho diferente da retina”, conta Carlos. 
Já na audição, ele comenta que existem os defeitos auditivos congênitos, diagnosticado ainda no teste da orelhinha, e a surdez adquirida, que pode ser variada, desde as infecções nas otites a tumores na cabeça. 
Basicamente esses dois problemas se apresentam através do desempenho escolar. Na população pré-escolar, de 2 a 7 anos, há um predomínio de identificação da hipermetropia, olho muito grande para a cavidade orbitar. E na segunda fase, da pré-adolescência começando a adolescência, acontece o contrário, o olho fica pequeno demais e as miopias começam a aparecer. Varia conforme cada pessoa.
Edição: Virgiane Passos
Por: Karoll Oliveira
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