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Enfermeiros paralisam atividades e podem iniciar greve por tempo indeterminado

Os profissionais declaram que o serviço está precarizado e não descartam a possibilidade de uma greve geral por tempo indeterminado.

22/03/2017 11:38

A categoria de enfermeiros do Senatepi (Sindicato dos Enfermeiros Auxiliares e Técnicos de Enfermagem) completou hoje (22) o terceiro dia de paralisação de atividades. O movimento iniciou na segunda-feira (20) em frente a FMS (Fundação Municipal de saúde de Teresina). Os profissionais declaram que o serviço está precarizado e não descartam a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado.

Categoria realizou um ato em frente à Câmara de Vereadores de Teresina (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

Os profissionais da saúde reivindicam o retorno da insalubridade (dinheiro adicional que é pago a todos os profissionais que estão expostos a riscos biológicos)  dos profissionais de enfermagem do CAPS (Centro de apoio Psicossocial), acompanhamento de um profissional técnico junto ao sindicato da comissão que está elaborando o laudo de insalubridade, melhorias na atenção básica, entre outras demandas. 

“Há também a falta de materiais, como luva, máscara, gorro. Nós estamos pedindo reajuste salarial e o pagamento das nossas gratificações de urgência e emergência lá do HUT, porque não foi pago nem no mês passado e nem nesse mês” destaca Windel Wager vice-presidente do sindicato dos enfermeiros.

O vice-presidente informou que toda a categoria está paralisada, rede essa que engloba toda a área hospitalar do município, Caps, a atenção básica, consultórios e o SAMU.

A paralização dos enfermeiros encerrará hoje, mas haverá uma convocação da categoria para uma assembleia, onde será repassado o que houve de evolução no movimento. Na assembleia haverá o consenso sobre a possível convocação de uma greve geral. Se assim for acatado os enfermeiros entrarão em greve por tempo indeterminado. A assembleia será amanhã (23) às 14h no auditório do Coren (Conselho Regional de Enfermagem do Piauí).

Profissionais de outras áreas também foram prejudicados, como os assistentes sociais, psicólogos, médicos e educadores físicos.

“O SAMU aderiu por conta da precariedade do serviço, hoje o SAMU Teresina tem 10 ambulâncias  e cinco estão sem condições de estarem rodando porque estão acima de 4.000 km rodados” esclarece Windel Marcos.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Raisa Magalhães
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