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Enfermeira relata medo ao ser confundida com Uber: 'Fiquei apavorada'

Abordagem aconteceu na entrada do Shopping Rio Poty. Enfermeira alega que ia buscar a irmã no trabalho quando teve carro confundido.

22/05/2017 10:31

Uma enfermeira foi abordada por agentes da Strans (Superintendência de Transportes de Teresina) por suspeita de trabalhar como Uber.  O caso aconteceu na última sexta-feira (19), mas foi divulgado pelo namorado da moça através das redes sociais, durante o final de semana.

O Portal O Dia conseguiu conversar com ela. A enfermeira não quis se identificar por medo de represálias. Ela conta que todos os dias pegar a irmã, que trabalha no período noturno do Shopping Rio Poty. “Quando peguei ela na quinta, percebi que o Strans estava olhando em nossa direção”, relata.

No dia seguinte, enquanto esperava, na companhia da mãe, um agente da Strans chegou até seu carro dizendo que ela era irregular. “Logo leve um susto, por que pensei que não podia parar ali, mas não vi nenhuma placa, então perguntei pq, e ele disse: ‘você não pode fazer esse tipo de trabalho, você está irregular’. Quando perguntei por que foi que ele disse que era Uber”.

Ela relata que o agente da Strans alegava que ela era motorista do Uber por que havia visto em seu aplicativo. “Ofereci meus documentos, e ele nem olhou. Disse que não queria ver documento nenhum, que sabia que eu era Uber, que eu estava errada”. A enfermeira conta que ela e a mãe ficaram apreensivas com a discussão, já que haviam taxistas e mototaxistas observado a situação. “Eu fiquei apavorada com medo dos taxistas e moto táxi quebrarem o carro do meu pai”, comenta. “Fiquei com medo de ser linchada!”.

A discussão durou cerca de 15 minutos, e terminou quando ao irmã da enfermeira chegou ao local e entrou no carro, e ela acelerou o carro e saiu. Mais tarde, ela conta que fez um boletim de ocorrências sobre o ocorrido no DP da área. “A forma que eu fui abordada foi errada”, opina. A enfermeira afirma que não é motorista e que nunca o usou. “Nunca nem baixei no meu celular”.

A Prefeitura de Teresina considera o serviço ilegal, por não estar submetido a qualquer tipo de controle por parte do poder público. Diferente dos taxistas e dos mototaxistas, que precisam estar credenciados junto à Strans para poderem atuar.


Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
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