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Criança "œdorme" há dois dias após ingerir suposto bombom envenenado

Desde terça-feira, menino está com sintomas de sonolência extrema e já teve convulsões. Conselheiro tutelar não destaca relação com Jogo da Baleia Azul

20/04/2017 14:21

O Conselho Tutelar da zona Leste acompanha o caso de uma criança que está há dois dias em estado de sonolência extrema, após ingerir um bombom de cor vermelha, supostamente envenenado, que teria sido oferecido por um homem. O menino tem 11 anos e foi abordado na última terça-feira (18) quando ia para a escola.

Segundo o conselheiro tutelar Djan Moreira, a criança começou a sentir os sintomas de fraqueza e sonolência logo após chupar o bombom. “Quando ele chegou à escola, os professores notaram a situação e o levaram para casa. De lá, o acompanharam para o Hospital do Satélite”, relata.

Ele deu entrada na unidade de saúde às 10h e permaneceu dormindo até próximo das 18h. O Conselho Tutelar foi acionado pelo hospital. De acordo com Djan, no mesmo dia foi registrado o Boletim de Ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), e requisitado o exame toxicológico, que foi realizado no IML. O laudo, no entanto, foi inconclusivo para intoxicação.

Nesta quinta-feira (20), a mãe da criança compareceu ao Conselho Tutelar da zona Leste para conversar com os conselheiros, mas um novo episódio tornou o caso ainda mais preocupante. Segundo Djan, o menino caiu no meio da sala e começou a ter convulsões. “Desde a terça-feira, ele acorda e dorme de novo. Hoje tivemos que chamar o Samu e ele foi levado para a UPA do Renascença, onde está internado”, diz o conselheiro.

A mãe teria informado que essa é a segunda vez que o filho apresenta os sintomas, mas agora foi mais grave. Ela foi ouvida ontem na DPCA, que também investiga o caso.

Djan informou que vai acionar o colegiado do Conselho Tutelar para discutir sobre uma provocação ao Ministério Público Federal, devido à polêmica do Jogo Baleia Azul. “Um dos desafios desse jogo é envenenar crianças na entrada das escolas. Não vamos dizer que este é o mesmo caso, mas o MPF poderá acionar a Polícia Federal, que é mais indicada para investigar situações como essas”, disse o conselheiro.

Por: Nayara Felizardo
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