O Dia das Crianças, comemorado
em 12 de outubro, se
aproxima e, consequentemente,
cresce a procura por brinquedos e
outros presentes infantis nas lojas
do Centro de Teresina. De acordo
com os vendedores, entre os produtos
mais procurados estão os
brinquedos educativos, seguidos
por bonecas, carrinhos e brinquedos
eletrônicos, como carrinhos e
motos de controle remoto.
Os jogos e brinquedos educativos
são procurados principalmente
por quem tem filhos nos
primeiros anos de vida. Para os
pais, eles são importantes para
diverti-los e, ao mesmo tempo,
desenvolver suas coordenações
motoras e raciocínio lógico, como
pensa Aurimaci Santiago, mães de
duas ilhas, uma de cinco meses e
outra de oito anos.
Pais já percorrem as lojas em busca de presentes (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)
Ela explica que para a mais velha,
o brinquedo é escolha da pró-
pria criança, mas a pequena Ioná,
de cinco meses, será presenteada
com um educativo. “A gente quer
aproveitar agora que ela começou
a pegar e segurar as coisas para
dar brinquedos educativos, que
trabalhem com a coordenação
motora dela e com o tato”, argumenta.
A professora Luiza Marli é
avó de duas crianças e também
vai presenteá-las com produtos
educativos. Para ela, eles são
bem mais interessantes que os
brinquedos comuns, pois, além
de ensinar, também humanizam
as crianças. Os livros de pintar,
brinquedos de montar, quebra-
-cabeças e outros jogos de coordenação
e raciocínio são sempre
os escolhidos pela professora para os netos.
“Não compro brinquedos porque
a gente acaba comprando
muito e eles ficam só acumulando.
Aí aquele brinquedo é temporário,
a criança não quer mais
e vira um acumulador. Comprei
um livrinho educativo para minha
neta, onde ela aprende algo,
pois tem uma lição moral, e vou
comprar um joguinho educativo
para meu neto. É interessante até
o adulto participar com a criança
da leitura e da brincadeira”, explica
Luiza.
Preços
A média de preços que os pais
pretendem gastar este ano é de até
R$ 60. Segundo eles, o aumento
nos preços e a limitação da renda
são os motivos que não permitem
uma compra mais cara. Luciane
Leal, por exemplo, vai presentear
o ilho e mais cinco sobrinhos.
Depois de uma pesquisa de preços, ela concluiu que não poderá
ultrapassar os R$ 60 para cada.
“Procuro algo que satisfaça as
crianças e que caiba no nosso orçamento. Está tudo mais caro em
relação ao ano passado e nosso
poder de compra reduziu muito.
A gente gostaria de dar algo melhor,
mas ica só na lembrancinha
mesmo”, afirma ela.
Comércio
A gerente de uma loja de brinquedos,
Bernadeth Barbosa, conta
que o comércio não teve tanto
movimento quanto o esperado,
mas que, desde a última sexta-feira (6), as vendas estão aumentando.
Ela explica que o aumento
é o mesmo do ano passado.
Comerciante divergem sobre o aumento de vendas durante o período (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)
“Aumentou cerca de 20%,
mesmo nível do ano passado, ainda
não superou. Acredito que no
feriado, que a gente vai abrir, muita
gente vai vir. A venda dos brinquedos
educativos e dispositivos
eletrônicos está muito boa, mas a
expectativa é que aumente”, frisa.
Já a gerente de outra loja, Karine
Amaral, diz que não tem mais
esperanças de aumento. Ela conta
que, até o momento, o crescimento
de vendas foi insignificante. “A
perspectiva é que aumente pelo
menos 5%, mas esperávamos
mais, até investimos mais nisso,
colocamos pintura no rosto de
graça para as crianças, balões personalizados,
mas não adiantou
muito”, diz.
Edição: Virgiane PassosPor: Karoll Oliveira