O Corpo de Bombeiros conseguiu evitar
que uma jovem de 22 anos se jogasse do quinto andar de um edifício em Teresina
no começo da tarde de hoje (04). Este é o segundo salvamento que a Corporação
faz nos últimos dois dias na Capital. No caso de hoje, a negociação durou cerca
de 50 minutos e teve o apoio da Divisão de Gerenciamento de Crise da Polícia
Militar.
De acordo com o tenente Lima, do Comando de Socorro do Corpo de Bombeiros, o chamado foi recebido por volta das 13 horas. A Polícia Militar se dirigiu ao local para isolar a área e impedir que os populares se aproximassem e a deixassem ainda mais nervosa. “Esse trabalho de preparação até a chegada da nossa guarnição é importantíssimo. A PM garantiu que não houvesse tumulto, porque isso influencia diretamente na decisão da pessoa em cometer o ato ou não. O primeiro passo é ir agindo com cautela, tentando chamar a atenção da pessoa para outras situações, para distrai-la”, explica o tenente Lima.
O tenente Lima destaca que se trata de um procedimento essencial para o êxito na negociação. “Nós tentamos resolver da seguinte forma: conversamos sobre amenidades, tentamos convencer a pessoa de que aquilo não vale a pena, que a vida pode ser boa sim, trazendo à tona pequenas coisas que tornam nossa existência menos pesada. Procuramos conhecer a pessoa e, então, ver o que podemos falar para tentar liberar a mente dela de seu objetivo momentâneo”, conta.
A guarnição dos Bombeiros se dividem em duas equipes numa situação como esta. Enquanto uma parte fica no chão, conversando e negociando com a pessoa, a outra age por trás para tirá-la daquela situação de risco. No caso de hoje, alguns homens permaneceram na rua conversando com a moça, e um outro grupo entrou no prédio sem ser visto por ela, arrombou a porta do apartamento, preparou a aproximação e a puxou.
O Comando de Socorro da Corporação orienta as pessoas que se depararem com alguém ameaçando se matar: o primeiro passo é conversar e distraí-la de seu objetivo. Em seguida, deve-se acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. Até a chegada das equipes, é importante manter a calma e evitar se aproximar da pessoa, porque isso pode aumentar ainda mais seu nervosismo e levá-la a concretizar o ato.
Por: Maria Clara Estrêla