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Após aumento, é ainda menos vantajoso abastecer com álcool em Teresina

Combustível aumentou até R$ 0,79 nos postos de combustível; empresário comenta que vendas diminuíram depois da alta no preço

24/07/2017 12:32

(Foto: Elias Fontenele/ O Dia)

O aumento dos preços dos combustíveis que entrou em vigor na última sexta-feira (21) foi especialmente cruel com os motoristas que preferem usar o etanol para abastecer: o combustível teve aumento ainda maior do que o sofrido pela gasolina comum e aditivada, e chegou a ficar R$ 0,79 mais caro nos postos de Teresina. O que já não era vantajoso ficou menos ainda.

Quem confirma é o empresário Flávio Cordeiro, proprietário de um posto de combustível localizado no Centro de Teresina. Ele calcula que a diferença entre os valores, após o aumento, ficou em cerca de 18%. De acordo com o empresário, para que o álcool seja vantajoso sobre a gasolina, é preciso que o valor ultrapasse os 30%, por conta da diferença de produção de energia entre os dois combustíveis. O álcool produz cerca e 70% da energia produzida pela gasolina.

Em janeiro o Governo Federal interrompeu a desoneração de PIS/Cofins para os produtores de etanol, o que elevou o tributo sobre o combustível em R$ 0,12 por litro. Os dois aumentos acumulados tornaram o álcool o combustível menos competitivo. Em primeiro lugar, os especialistas do setor apontam o gás natural veicular, que não é encontrado no Piauí.

O empresário Flávio Cordeiro lembra também que o Piauí é apenas consumidor de etanol, e não produtor. O combustível tem que ser importado, o que deixa mais caro para as empresas e para o consumidor.

“Para nós, uma má notícia”, diz dono de posto sobre aumento dos combustíveis

O empresário Flávio Cordeiro está preocupado. Desde que o aumento dos preços dos combustíveis entrou em vigor, na última sexta-feira (21), as vendas vão de mal a pior. “Para nós, uma má notícia. Por que desde que aumentou o preço, acabou a venda. E os custos não param, né”.

Ele comenta que no final de semana pós aumento o posto praticamente não fez vendas. “Nem essa procura por combustível na véspera do aumento aconteceu aqui”, comenta. Flávio está no ramo de postos de combustíveis há cerca de 20 anos, e diz que o momento é de aperto para os empresários. 

Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
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