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Alimentos tradicionais da Semana Santa ficam mais caros em Teresina

O grupo de Alimentos teve alta de 2,42%, e o grupo de alimentos para consumo no domicílio fechou o mês de março em 3,09%

09/04/2022 13:10

A Semana Santa deste ano deve ser um pouco mais salgada para os teresinenses. Isso porque, se os alimentos já tiveram uma alta nos preços no começo de 2022, a tendência é de que os itens tradicionais da quaresma subam ainda mais. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), março teve alta de 1,62%, a maior variação para o mês desde 1994.

A tendência é de que os itens tradicionais da quaresma subam ainda mais (Foto: Assis Fernandes/ODIA)

O grupo de Alimentos teve alta de 2,42%, e o grupo de alimentos para consumo no domicílio fechou o mês de março em 3,09%. A maior contribuição dentro do grupo veio do tomate, cujos preços subiram 27,22% em março. Além disso, foram registradas altas em diversos produtos, como a cenoura (31,47%), que acumula alta de 166,17% em 12 meses, o leite longa vida (9,34%), o óleo de soja (8,99%), as frutas (6,39%) e o pão francês (2,97%).

Na Nova Ceasa, zona Sul de Teresina, os permissionários já sentem este aumento. Bruno Medeiros (30) destaca que durante a Semana Santa, os alimentos mais vendidos são o tomate, pimentão e cebola, e são os itens que tiveram um aumento significativo nas últimas semanas.

 Tomate, pimentão e cebola tiveram um aumento significativo nas últimas semanas (Foto: Assis Fernandes/ODIA)

“Não sabemos se esse aumento é por conta da chuva, do combustível e ou somente por conta do período da Semana Santa. A caixa de tomate, que era comprada a R$95, agora custa R$160, assim, o quilo que era R$4, agora é R$9. O mesmo aconteceu com o pimentão e com a cebola, em uma semana. Eu acredito que seja por conta do período porque passada a Semana Santa o preço dos alimentos voltam a cair”, disse. Bruno Medeiros. 

As frutas também tiveram aumento considerável antes mesmo da Semana Santa. O permissionário Edvaldo Pereira (43) comenta que, apesar do preço acima, a tendência é de que suba ainda mais na próxima semana. 

“Todo ano aumenta e neste ano não deve ser diferente. A procura das pessoas está crescendo, mas deve melhorar até quarta-feira, véspera da Semana Santa, e acreditamos que este ano será melhor do que 2021”, falou.

A feirante Francisca Pinheiro (51) enfatiza que os valores de alguns itens já tinha subido, como o maxixe, quiabo, tomate, pimentão, entre outros, e, com a chegada da Semana Santa, os preços estão ainda mais altos, atingindo alimentos como repolho, batata, beterraba, couve-flor, brócolis. “As pessoas compram porque é o jeito, porque não tem como deixar de comer. Esperamos que este ano seja tão bom como 2021, acreditamos que as vendas serão melhores”, pontuou.

Para Bruno Medeiros, a expectativa da Semana Santa é a melhor possível. “Mesmo subindo o valor, as pessoas não deixam de comprar, porque alimento é algo essencial. Para este ano, as  expectativas são grandes e que as vendas sejam boas, e também coincidiu com o recebimento do salário, o que dá poder de compra para a população e isso influi para que haja aumento nas vendas”, reforçou.


Mesmo com alta nos preços, Mercado do Peixe prevê crescimento de 100% nas vendas

Assim como os demais itens alimentícios, o pescado também sofreu alta nos preços. No Mercado do Peixe, alguns produtos tiveram aumento de 66%, como o Tambaqui, que antes era vendido a R$9 e agora é comercializado por R$15. 

Mercado do Peixe prevê crescimento de 100% nas vendas (Foto: Assis Fernandes/ODIA)

Apesar dessa alta, a expectativa de vendas é a melhor possível, segundo o administrador do Mercado, Francisco Macedo. Ele destaca que os permissionários estão empolgados com as vendas e com a chegada da Semana Santa, uma das melhores épocas para venda dos pescados. 

Francisco Macedo, administrador do Mercado do Peixe, destaca que os permissionários estão empolgados com as vendas (Foto: Assis Fernandes/ODIA)

“Sempre tem esse aumento, mas a expectativa é de que o preço volte a cair após a Semana Santa. Os permissionários estão muito felizes com a chegada desse período para vender seus produtos. É uma tradição o Mercado do Peixe receber o público durante a Semana Santa. O consumidor do pescado já espera que neste período tenha aumento, e nós estamos sentindo”, destaca Francisco Macedo.

A permissionária Silvia Dantas conta que os clientes já estão buscando o Mercado do Peixe para comprar ou reservar os pescados que serão consumidos durante a Semana Santa. Segundo ela, os peixes mais procurados são: Piratinga, Branquinho e Pescada Amarelo, este podendo ser comprado a R$44, com cabeça, e R$48, sem cabeça. O pescado deve chegar nos próximos dias, e a permissionária já adiante; terá um novo aumento. “Vai aumentar. A Pescada Amarela pode chegar até R$50 sem cabeça, por conta da quaresma”, disse.

Clientes já estão buscando o Mercado do Peixe para comprar ou reservar os pescados que serão consumidos durante a Semana Santa (Foto: Assis Fernandes/ODIA)

A dona de casa Jeane Soares reforça que tem sentido o aumento no preço do pescado, mas enfatiza que esse é um item que não pode faltar na mesa durante a Semana Santa. “Realmente está mais caro, porém, o peixe é tradicional e a gente não pode deixar de comprar. Eu prefiro comprar no Mercado do Peixe, pois acho aqui mais em conta e o produto mais fresco do que o que é vendido no supermercado”, completou. 

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