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A quatro dias para o fim da vacinação de gripe, nenhum grupo atingiu meta

As gestantes, puérperas e crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade são as que menos procuraram a imunização

23/05/2017 08:53

A Campanha Nacional de Imunização contra Influenza, que iniciou no dia 17 de abril, acaba na próxima sexta-feira (26) e, até o momento, nenhum grupo do público-alvo atingiu a meta esperada para este ano. As gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto) e crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias) são os que menos procuraram a vacina. 

Amariles Borba ressalta que os postos de vacinação estão abastecidos na Capital (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)
Até ontem (22), de 10.451 gestantes esperadas para receber a imunização, uma mé- dia de apenas 4.083 receberam a vacina, o que equivale a 39,07%. Das puérperas, enquanto são esperadas que 1.718 se vacinem, somente cerca de 609 doses foram aplicadas, o equivalente a 35,45%. E das 56.302 crianças que deveriam se vacinar, somente 19.984 foram imunizadas, o que corresponde a 35,49% do total. 

De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Amariles Borba, com a vacinação, as mulheres grávidas protegem a si e ao bebê, que só pode se vacinar a partir dos seis meses de vida. 

“Por conta da gravidez, toda gestante tem uma diminuição da imunidade. O abdômen cresce e a expansão pulmonar diminui, complicando a dinâmica respiratória. Então, é muito importante que elas procurem a vacinação. Além de si, ela protege a criança”, alerta. 

Segundo Amariles, 190.720 doses da vacina já foram recebidas do Estado, das quais o sistema registrou que apenas que 85.687 pessoas receberam a imunização, número que é parcial, visto que nem todas as doses aplicadas são registradas no sistema. “A vacina está disponível, mas as pessoas não estão indo atrás e eu não sei o porquê. Temos 100 locais diferentes fazendo vacinas, agora as pessoas precisam buscar a imunização”, completa. 

A diretora de Vigilância em Saúde explica que somente os acamados e as crianças que tomaram a vacina pela primeira vez poderão receber a imunização, e, no caso das crianças, a segunda dose da imunização, é só após o fim da campanha. Em relação aos demais grupo, Amariles informa que está esperando a orientação do Ministério da Saúde para saber se as vacinas ainda vão ser oferecidas após a campanha e como as pessoas que não se vacinaram podem ter acesso. 

Até o momento, em Teresina, cerca de 36.396 idosos, 609 puérperas, 4.083 gestantes, 11.582 trabalhadores de saúde, 19.984 crianças, 12.763 pessoas com comorbidades, 4.990 professores, 215 pessoas privadas de liberdade e 120 funcionários do sistema prisional foram vacinados contra gripe. 

Vacina é segura e reduz complicações de saúde 

A influenza, mais conhecida como gripe, é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais e também podendo causar pandemias. 

Segundo nota técnica do Ministério da Saúde, a vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. As contraindicações são apenas para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores, bem como a qualquer componente da vacina ou alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. 

Em Teresina, todas as 104 salas de vacina da capital estarão vacinando contra os tipos mais graves da doença, que são os tipos B, A H1N1 e A H3N2. Grávidas, maiores de 60 anos, crianças na faixa etá- ria de seis meses a menores de cinco anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), puérperas (até 45 dias após o parto), grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade, os funcionários do sistema prisional e os professores devem procurar a imunização.

Edição: Virgiane Passos
Por: Karoll Oliveira
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