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A emoção de ser o bom velhinho: conheça a história de quem faz o Natal

O Papai Noel Antônio Lucatelli aproveita o momento com as crianças para orientá-las da importância de priorizar brinquedos que possam ser compartilhados.

23/12/2017 08:37

“Ho ho ho, Feliz Natal”. Esta frase, sem dúvida, está presente na memória de todas as pessoas e marca, definitivamente, a chegada do Natal. A figura do bom velhinho, com seu saco cheio de presentes, roupa vermelha e barba branca é um dos maiores símbolos desta época do ano, levando alegria por onde passa. E foi pensando exatamente nas crianças que Antônio Laerte Lucatelli, de 62 anos, decidiu incorporar esse personagem tão representativo e mágico. 

Antônio Laerte Lucatelli, de 62 anos, decidiu incorporar esse personagem tão representativo e mágico. (Foto: Jailson Soares/O Dia)

Natural do Rio Grande do Sul, mas reside no Ceará, Antônio conta que sempre se vestiu de Papai Noel em obras assistenciais das igrejas e centro espírita que frequentou. Até então, ele usava barba artificial e sua caracterização era muito simples. Um amigo de Antônio o incentivou a deixar a barba crescer e a se apresentar em um shopping de Fortaleza, tendo uma excelente recepção por parte das crianças. Uma experiência e tanto para ele, que foi convidado a vir para Teresina e está, todos os dias, em um shopping da Capital. 

Papai Noel recebe as crianças e os pais em um shopping de Teresina. (Foto: Jailson Soares/O Dia)

Sobre os desejos das crianças, Antônio Lucatelli cita que é muito comum ouvir dos pequenos pedidos de brinquedos e eletrônicos, como celulares e tablets. Na figura do Papai Noel, ele aproveita para orientar as crianças da importância de priorizar brinquedos que possam ser compartilhados e evitar produtos que não sejam direcionados para suas idades. “Eu procuro direcionar brinquedos que facilitem o compartilhamento com o colega. Também digo que o melhor brinquedo, dentre todos, é a bola e que ela traz 21 amigos para ele, podendo assim fazer muitas amizades. Eu desaconselho um pouco os aparelhos eletrônicos. Quando a criança pede um tablet ou celular, eu sempre olho para os pais e pergunto se elas estão de acordo e, se não estiverem, falo que ela só pode ter esse equipamento quando for adolescentes e tiver 13 anos; até lá, ela deve focar em ser criança e brincar com coisas de criança”, comenta. 

No geral, Antônio explica que as crianças costumam entender as orientações e até seguem seus conselhos, “porque Papai Noel não considera eletrônico brinquedo”, acrescenta. Ele destaca ainda que vê esses aparelhos como perigosos, sobretudo por conta da internet. “Eu acho que criança deve ser criança. Quando algumas pessoas me veem, eu digo que a estrela do Natal não é o Papai Noel, mas sim a criança. E sempre lembro para elas que tem o menino Jesus, o responsável pelo Natal delas”, frisa. 

Crianças pedem brinquedos para o Papai Noel. (Foto: Jailson Soares/O Dia)

Adultos com sonhos de criança 

Engana-se quem pensa que são somente as crianças que gostam do Papai Noel. Antônio Lucatelli cita que muitos adultos se emocionam ao encontrar o bom velhinho, pois lembram que não tiveram oportunidade de encontrá-lo na infância. E ressalta que os pais não devem privar os filhos de darem um abraço no Papai Noel, para que não cresçam adultos frustrados. 

Papai Noel encanta crianças e adultos. (Foto: Jailson Soares/O Dia)

“Nós vivemos em uma época onde Papai Noel é raro, então muitos adultos também sentem prazer em tirar foto com o bom velhinho, porque não tiveram oportunidade na infância. A maioria diz que está realizando um sonho; por isso, eu peço para os pais não reprimirem as crianças, para que elas, no futuro, não digam que querem tirar uma foto com o Papai Noel porque não puderam quando pequenas”, enfatiza. 

A técnica em enfermagem Renata Maciel é natural de Uruçuí e trouxe a filha Esther Mailley Fachini, de 2 anos, para conhecer o Papai Noel em Teresina. Ela conta que, durante toda a viagem, a pequena não falava em outra coisa. Segundo Renata, o Papai Noel é uma figura sempre presente em seu dia a dia, inclusive durante as refeições.

A pequena Esther é fã do Papai Noel. (Foto: Jailson Soares/O Dia)

 “Quando eu vou alimentar a Esther, eu sempre digo que se ela comer o Papai Noel dará presente. Eu estimulo isso nela porque o Papai Noel é um personagem mágico, e ela acaba tendo referências dele, tanto que, no sinal, ela aponta para a cor vermelha, em referência a ele. Ter esse espírito natalino sempre é bom e não podemos deixar morrer”, comenta Renata.

Veja galeria de fotos:

(Créditos: Jailson Soares/O Dia)


Por: Isabela Lopes
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