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83 famílias ocupam prédio do INCRA reivindicando reformas agrárias

As famílas e os representantes da FNL ocuparam o prédio desde as 6h da manhã de ontem e só sairão depois das negociações

07/03/2017 13:18

Atualizada às 18h17min

O presidente da FNL, Júlio César Chaves, informou que a reunião que aconteceria na tarde de hoje como superintendente do Incra no Piauí foi adiada para amanhã (08) as 9 horas, na sede do Instituto. "Estamos ainda discutindo as diretrizes da reunião e as pautas de reivindicação. Soubemos que já houve uma reunião do nosso comando nacional e estamos aguardando sobre que posicionamento devemos tomar aqui", explicou.

Iniciada às 13h18min

Organizadores da FNL (Frente Nacional de Luta) e mais de 83 famílias ocuparam desde a manhã de ontem (06) o prédio do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), reivindicando a realização de uma reforma agrária que promova a distribuição mais justa de terras. Com os manifestantes alojados nas dependências do local deixando o instituto fechado, sem funcionamento normal, até que a ocupação termine.

Famílias alojadas no prédio do INCRA (Foto: Assis Fernandes/O Dia)

De acordo com o dirigente da FNL Júlio César Chaves, mais de 400 famílias no Piauí estão em situações preocupantes de moradia. “Há um desinteresse do governo federal em tratar da reforma agrária, nós não somos só sem terra. Somos sem saúde, sem dignidade, sem respeito. Se o povo do campo não planta, o povo da cidade não janta” destaca o dirigente.

Os ocupantes permanecerão no local até que haja uma negociação. Está marcado para a tarde desta terça-feira (07) uma roda de conversa com o Superintendente Nacional do INCRA, Leonardo Goes, para tratar das pautas referentes à ocupação. “Caso ele aceite o que estamos reivindicando, nós liberamos a casa, caso o contrário vamos continuar” frisa o Júlio César Chaves.

(Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

O dirigente da FNL pede, dentre outros, que sejam feitas vistorias diárias no Estado para assentamento das famílias. Segundo a entidade, há vários locais que o INCRA pagou para que 30 famílias residissem, mas que estão recebendo somente 10 morando. Os locais restantes, de acordo com o FNL, foram vendidos A entidade cobra ainda a retomada dessas áreas que foram vendidas para amparar as famílias que realmente precisam.

O movimento da FNL está mobilizado em 16 estados brasileiros em uma jornada nacional denominada “carnaval vermelho”, que foi criada para cumprir as demandas de reforma agrária do Brasil. A mobilização ocorre em todos os estados.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Raisa Magalhães
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