Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

"œQuanto mais doadores melhor", diz enfermeira sobre cadastro de medula

O interessado em ser doador de medula óssea deve se dirigir ao Hemopi, portando um documento oficial com foto e ter idade entre 18 e 55 anos

30/07/2015 07:19

As chances de encontrar um doador de medula óssea compatível pode demorar muito tempo; tempo este que os pacientes não têm. Por isso, é importante que as pessoas se sensibilizem e compareçam ao Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) para se cadastrarem e serem doadores voluntários. 

O procedimento de cadastro no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) é o mesmo para quem é doador de sangue. A pessoa deve se dirigir ao Hemopi, portando documento oficial com foto e ter idade entre 18 e 55 anos, que queira ser doador de medula óssea. 

É coletado de 3 a 10 ml de sangue do paciente. O material é encaminhado ao laboratório para análise e realização do exame HLA – que detecta as caraterísticas genéticas do doador. Essas informações são colocadas no sistema e comparadas com os pacientes que aguardam por um transplante. 

“Quando aparece um paciente compatível, o doador é convocado para realizar novos exames e saber se ele quer continuar participando do programa de doação de medula, para então prosseguir para a doação”, disse Gilkely Medeiros, enfermeira e supervisora do Redome do Piauí, acrescentando que o contato com o doador é feito através do Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva). 

A doação pode ser feita por dois procedimentos: através da aferisse, quando o doador toma uma medicação por um tempo determinado para estimular as células irem para a corrente sanguínea e para que haja a separação; ou através da pulsação na crista ilíaca, que necessita que o doador seja anestesiado. 

Gilkely Medeiros enfatiza que a sensibilização é fundamental para que mais doações aconteçam. “A gente sempre precisa de mais doadores, porque como é uma chance muito pequena de você conseguir encontrar um doador compatível, quanto mais doadores se cadastrarem, melhor”, argumenta. 

A supervisora do Redome ressalta que as doações específicas para medula óssea são poucas; porém, como as doações são feitas através de cadastro único, não dá para precisar quantas pessoas visitam o Hemopi diariamente para se cadastrarem. E para aumentar esse número de doadores e estimular a doação voluntária, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí está percorrendo diversos municípios do Estado. 

Foto: Ana Paula DIniz/ ODIA

A enfermeira explica que as populações dessas cidades mais afastadas possuem antígenos diferentes, mais próximos e parecidos com os moradores daquela localidade, isso porque há uma miscigenação de raças. Com a coleta desses materiais de diferentes cidades, é possível ampliar o número de doadores com antígenos diferenciados. As equipes aproveitam as campanhas de coletas de sangue feitas nesses municípios para cadastrar, também, doadores de medula óssea. 

“Sempre quando vai campanha de sangue, o Redome também vai. Nós não podemos perder a oportunidade de captar doações e doadores. E onde tiver esses possíveis doadores, precisamos estar presentes, inclusive de medula óssea”, finalizou. 

Caravana do Bem 

Durante a Caravana do Bem, realizada entre os dias 21 e 24 de julho, nos municípios de Cristino Castro, Currais, Santa Luz, Palmeira do Piauí e Bom Jesus, no território Chapada das Mangabeiras, foram cadastrados 3.080 novos possíveis doadores de medula óssea e coletadas mais de 200 bolsas de sangue. 

O Hemopi já percorreu mais de dez municípios piauienses com a Caravana do Bem, entre eles Beneditinos, Valença, Novo Santo Antônio, Palmeirais, Barras, Matias Olímpio, Luiz Correia, Alto Longá, Piripiri e Piracuruca. Outros municípios também receberão a caravana até o final do ano.

Por: Isabela Lopes- Jornal O Dia
Mais sobre: