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Teresina é a 3º capital com menos fumantes do país

No Brasil, número de fumantes caiu 30,7% nos últimos nove anos

28/05/2015 16:48

Em Teresina, cerca de 6,7% da população ainda mantém o hábito de fumar. A capital ocupa a 3ª posição no ranking com menos fumantes do país, junto com Palmas (Tocantins), que possui o mesmo índice. As duas cidades ficam atrás de São Luís (5,5%) e Aracaju (6,6%). Os dados fazem referência ao ano de 2014 e são fruto de uma pesquisa realizada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) divulgada hoje (28/05) pelo Ministério da Saúde.

A capital do Piauí também ocupa o terceiro lugar no que se refere à diminuição do consumo de fumantes do público feminino. Um total de 3,1% das mulheres teresinenses assume o consumo do tabaco.

Diante dos dados, a pesquisa concluiu que houve uma queda de 30,7% no percentual de fumantes nos últimos nove anos no país. Em 2006, 15,6% dos brasileiros declaravam consumir o produto. O Ministério da Saúde atribui a redução no consumo às ações desenvolvidas pelo Governo Federal para combater o uso do tabaco.

Além disso, a queda do consumo do tabaco no Brasil, pode está atribuída, principalmente ao aumento do preço dos cigarros. Segundo a Pesquisa ICT/INCA 2013, 62% dos fumantes pensaram em parar de fumar devido ao valor do produto no país. A política de preços mínimos também está diretamente ligada à redução da experimentação entre os jovens, já que cerca de 80% dos fumantes iniciam o hábito antes dos 18 anos.

No Brasil, o tabagismo é responsável por 200 mil mortes por ano, incluindo mortes que tiveram como consequência o infarto agudo do miocárdio, bronquite crônica, entre outras doenças. Somente em 2015, estima-se que surgiram 27.330 novos casos de câncer de pulmão no país.

Em 2014, a regulamentação da Lei Antifumo proibiu o consumo de fumígenos, derivados ou não do tabaco, em locais de uso coletivo, mesmo que o ambiente esteja só parcialmente fechado. Os narguilés também foram incluídos na proibição.

Ainda dentro das ações que vem sendo desenvolvidas pelo Governo Federal desde 2011 está a política de preço mínimo para cigarro e a proibição da propaganda comercial de cigarros em todo o território nacional, sendo permitida apenas a exposição dos produtos nos locais de vendas. Esse conjunto de iniciativas permitiu que, até 2015, segundo o balanço do Plano de DCNT, a redução da prevalência de tabagismo seja o indicador de fator de risco com maior avanço no Brasil.

No entanto, um estudo inédito do Instituto Nacional do Câncer (INCA), demonstra que entre os brasileiros que consomem cigarros industrializados cresceu a proporção daqueles que fumam cigarros de origem ilícita. Em 2008, 2,4% dos fumantes obtinha cigarro proveniente do mercado ilegal – em 2013 o percentual passou para 3,7%.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Aldenora Cavalcante (estagiária), com informações do Ministério da Saúde
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