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Queda é o primeiro motivo de entrada no HUT entre as crianças

26,7% dos atendimentos de crianças, em segundo lugar está mal súbito e em terceiro dores abdominais

08/11/2017 11:19

Quando se é criança brincar está sempre em primeiro plano. Algumas vezes a brincadeira não sai como planejado e a consequência quase sempre é uma queda, que dependendo da gravidade necessita de uma avaliação médica. 

Somente este ano, o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) já atendeu 5.833 crianças, de 0 a 14 anos. Dentre estas, o motivo queda se destaca em primeiro lugar com 1.558 registros, correspondendo a 26,7% do total de atendimentos de setor infantil. Em seguida vem o mal súbito com 680 atendimentos e em terceiro lugar dor abdominal com 510 registros de entrada.


Os três motivos mais recorrentes de entrada de crianças no HUT é por Quedas, mal súbito e dores abdominais. Foto: Reprodução

Entre os tipos de quedas, segundo o pediatra do HUT, Dr. Antonio Lopes Filho, as quedas do mesmo nível e de outras alturas são sempre as mais comuns. “As quedas variam de acordo com o local que a criança mora. Recebemos muitos casos de cidades do interior do Piauí onde as crianças caem da rede, de cima de muros e árvores. Em Teresina é mais comum atendermos crianças que caem do brinquedo da escola, janelas, redes e camas. Para se ter uma ideia este ano já atendemos 861 casos de crianças vítimas de quedas do mesmo nível, 447 de outras alturas e 125 de quedas de leito ou rede, entre outros casos. Esses são apenas nossos principais motivos de entrada no HUT por queda de crianças de 0 a 14 anos”, explicou o pediatra.

Dr. Lopes disse ainda que, no dia a dia de uma emergência pediátrica, as fraturas de membros e clavículas são as demandas mais comuns, principalmente entre os meninos. “Temos casos mais graves como os traumatismos cranianos e os traumas fechados que necessitam de mais tempo de recuperação. Os meninos costumam se acidentar mais que as meninas. Aqui no HUT mais 60% das crianças atendidas são do sexo masculino. Os adultos precisam ficar atentos para que as crianças possam brincar com segurança”, ressaltou o médico. 

O enfermeiro Rui Cipriano, gerente do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE), é responsável por investigar casos em que haja suspeita de negligência dos pais ou responsáveis no cuidado com suas crianças. De acordo com Rui quando a equipe suspeita de maus tratos o setor é notificado para que o caso seja avaliado. “Analisamos o caso e dependendo da circunstancia nós notificamos e encaminhamos para Conselho Tutelar da região da família. Lá eles iniciam uma investigação mais complexa para saber se houve violência doméstica, abandono ou negligência”, destacou.

Fonte: Da redação
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