A falta de atendimento de clínicas conveniadas com o Iapep
está prejudicando pacientes como Miriam Machado, diagnosticada com câncer de
tireoide. Há três semanas ela tenta marcar as consultas e os exames pelo plano
de saúde e não consegue. A informação é que não está havendo o repasse
financeiro para as clínicas.
Miriam conta que está angustiada com a situação, pois precisa fazer exames rotineiros para saber se a doença está totalmente sob controle. “Estou sentindo dores no meu joelho, e como já tive o problema do CA, eu fico muito preocupada”, enfatiza.
Ela reclama que são descontados cerca de R$ 700,00 do salário do marido para que toda a família tenha acesso ao serviço de saúde, sendo que este não está sendo disponibilizado aos usuários. “Você fica pagando um absurdo de IAPEP e não tem o serviço. Todos os meses é descontado do contracheque e isso é uma apropriação indébita”, critica Miriam.
Por meio de nota, o Instituto de Assistência e Previdência Privada do Estado do Piauí (Iaspi) informou que, há cerca de 10 dias, se reuniram representantes do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisa e Análises Clínicas do Estado do Piauí (Sindhospi), a diretoria geral do IASPI, médica Daniele Aita, e o secretário Rafael Fonteles. Na ocasião foi definido um cronograma para pagamento da rede credenciada do Iaspi/Plamta a fim de normalizar o serviço.
Segundo o Instituto, para pagamento da rede credenciada, o Iaspi aguarda a liberação dos recursos pela Secretaria de Fazenda, uma vez que a arrecadação do Instituto vai para a Conta Única do Estado. De acordo com o cronograma proposto, o mês de julho/2017 será pago no período de 23 a 27 de outubro; o mês de agosto será repassado de 13 a 17 de novembro e setembro será pago de 27 a 30 de novembro de 2017.
O Iaspi comunica que, desde a semana passada vem pagando a rede credenciada e muitos hospitais e clínicas. Explicam ainda que o atendimento de urgência está sendo realizado no Hospital São Paulo, e as cirurgias já agendadas não deixaram de ser realizadas. Alguns hospitais suspenderam as cirurgias eletivas.
Edição: Nayara FelizardoPor: Karoll Oliveira