O Dia Mundial da Saúde,
comemorado hoje, em 7 de
abril, chama atenção para a
necessidade de intensificar
a prevenção e tratamento do
diabetes. O tema proposto
este ano pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) traz
dados do relatório mundial da
doença e revela que o número
de pessoas que vive com diabetes
quadruplicou dos anos
de 1980 até 2014, saltando de
108 milhões de pessoas para
422 milhões no mundo todo.
As principais situações que
provocam a doença estão relacionadas
ao aumento dos
fatores de risco, como sobrepeso
e obesidade, e estes estão
associados a 44% dos casos de
diabetes Tipo 2. Este tipo de
diabetes pode ser prevenido e
controlado através de hábitos
saudáveis, como alimentação
saudável e prática de atividades
físicas.
De acordo com a OMS, em
2012, cerca de 1,5 milhão de
pessoas veio a óbito em decorrência
de problemas causados
pela doença. Além disso, o
número de pessoas com diabetes
Tipo 2 vem aumentando
em todo o mundo, chegando a
90%. A entidade informa ainda
que a previsão é de que, em
2030, o diabetes seja a sétima
causa de morte no mundo. A
doença também é a principal
causadora de cegueira, amputação
e insuficiência renal.
De acordo com a Sociedade
Brasileira de Diabetes,
estima-se que há mais de 13
milhões de pessoas vivendo
com diabetes no Brasil, o que
representa 6,9% da população,
com viés de crescimento nos
próximos anos. A diabetes, na
maior parte dos casos, é uma
doença evitável e tratável, e
cerca de 90% dos casos diagnosticados
são do Tipo 1, que
é caracterizada por uma falta
de produção de insulina, e
Diabetes Tipo 2, caracterizada
pela ineficaz capacidade corporal
de utilização da insulina.
Conhecendo a doença
Entender o diabetes é o
primeiro passo para conviver
bem com a doença. E para isso,
é fundamental compreender
como ela afeta o organismo.
O monitoramento diário dos
níveis de glicose no sangue é
a melhor ferramenta para medir
esse impacto. Isto porque
se esses níveis estão fora do
intervalo recomendado pelo
seu médico, com grandes oscilações,
significa que a doença
não está bem controlada e
com o tempo pode ocorrer
uma série de complicações,
entre elas doenças cardiovasculares,
renais, oculares e até
mesmo amputações.
Quem tem diabetes tem de
duas a quatro vezes mais chances
de sofrer um infarto ou
acidente vascular cerebral do
que uma pessoa que não tenha
a doença. Da mesma forma,
65% dos pacientes estão em
risco de ter ou já têm algum
grau de disfunção renal, condição
que triplica o risco de
eventos cardiovasculares.
Além disso, o diabetes é a
maior causa de falência renal
em países desenvolvidos
e é a maior responsável por
grandes custos de diálise. As
consequências incluem ainda
disfunção sexual, problemas
de circulação nos membros
inferiores e alterações oculares.
Estima-se que mais de 2,5
milhões de pessoas no mundo
estão afetadas pela retinopatia
diabética, a maior causa de
perda de visão de adultos.
Controle
Uma das formas mais eficazes
de conhecer e controlar a
doença é o automonitoramento
dos níveis de glicose. Embora
proporcione uma série
de benefícios comprovados, a
prática nem sempre é realizada
da forma adequada. Uma
revisão de estudos de países
da América Latina descobriu
que 74% dos pacientes tipo 1
e apenas 38,5% dos pacientes
tipo 2 são usuários de medidor
de glicemia.
Sem conhecer os efeitos da
doença no corpo, 73% dos
pacientes com diabetes tipo 2
não alcançam os níveis de glicemia
recomendados. Em média,
um terço deles deixa de
seguir as orientações médicas
um ano após o diagnóstico.
Com a ajuda de um aparelho
chamado glicosímetro é possível
verificar as variações da
glicose no sangue e dessa forma
tomar atitudes que ajudem
a controlar a doença, como ter
uma alimentação equilibrada e
praticar exercícios físicos.