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Nota técnica orienta sobre diagnóstico e tratamento da Febre do Nilo

Objetivo é informar os profissionais de saúde a respeito da doença.

11/03/2015 13:28

Com a intenção de preparar os profissionais de saúde de Teresina para a vigilância e abordagem de casos suspeitos de Febre do Nilo Ocidental, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) lançou este mês uma nota técnica com orientações sobre o manejo da doença.

Com seu lançamento, a FMS espera familiarizar os profissionais de saúde com as possíveis e diferentes formas de apresentação clínica da doença, visando o reconhecimento precoce e notificação para investigação laboratorial de novos casos suspeitos; além de estabelecer o fluxo de encaminhamento de pacientes para investigação e tratamento mediante a suspeita; e por fim instruir os profissionais a não abster-se de intervenções terapêuticas específicas para doenças mais frequentes no nosso meio e com maior potencial de gravidade e mortalidade enquanto aguardam a confirmação do diagnóstico da Febre do Nilo.

“Doenças como dengue e meningite podem ter sintomas e sinais semelhantes, mas exigem maior urgência na aplicação de terapêutica pertinente específica e distinta para cada condição”, explica Marcelo Adriano, neurologista da Gerência de Epidemiologia da FMS.

Ainda segundo Marcelo Adriano, a nota técnica tem intenção instrutiva e foi fruto de ampla discussão entre técnicos da saúde municipal, estadual e Ministério da Saúde.  "As orientações serão enviadas não apenas às unidades de saúde da capital, como também para todo o Piauí e os conselhos de classe do nosso estado. Entretanto, não há motivo de alarde. A nota não representa constatação de estado de emergência, pois até o momento nenhum outro caso de Febre do Nilo foi confirmado no Piauí ou no Brasil”, esclarece.

O primeiro caso de Febre do Nilo no Brasil, em um homem adulto da cidade de Aroeiras do Itaim, foi diagnosticado pelo Programa de Monitoramento das Encefalites Virais, implantado pela Gerência de Epidemiologia da FMS. O rastreio em toda rede hospitalar em busca de casos de encefalite viral é executado pela Unidade de Respostas Rápidas (URR), pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância Epidemiológica (CIEVS) e pelos Núcleos Hospitalares de Epidemiologia (NHE) e conta com a participação ativa das equipes assistenciais do Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella e do Hospital de Urgências de Teresina.

Uma parceria de cooperação técnica foi efetivada ainda junto ao laboratório de virologia do Instituto Evandro Chagas – referência nacional para o recebimento de exames para identificação viral.

No início do ano, surgiu a suspeita de um segundo caso. Trata-se de um teresinense que esteve recentemente na região centro-sul do Estado e foi atendido com os sintomas da doença em um hospital da rede privada da capital. Os exames foram feitos e o resultado ainda é aguardado. 

Fonte: Sesapi
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