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Mulher espera há 2 anos por cirurgia para tirar tumor de 10 cm no pescoço

Moradora de Itapetininga (SP) diz que demora até faz os exames vencerem.  AME de Salto (SP) afirma que demanda é maior que a capacidade existente.

13/08/2015 08:40

Waldira diz que lipoma causa incômodo e afeta autoestima (Foto: Arquivo Pessoal/ Waldira Monteiro)

Waldira reclama que lipoma causa incômodo
(Foto: Arquivo Pessoal/ Waldira Monteiro)

A operadora de caixa Waldira Rodrigues Monteiro, de 56 anos, diz que espera há dois anos por cirurgia para retirada de um lipoma (tumor benigno) no pescoço. O tumor mede 10 centímetros de diâmetro, conta a moradora de Itapetininga (SP). Ela conta que procurou em 2013 o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) na cidade, mas o caso foi transferido ao AME em Salto (SP), local onde a cirurgia ainda é aguardada. “Além de me preocupar com a saúde, pois ele já está se aproximando da veia jugular, isso afeta muito minha autoestima e me incomoda”, lamenta.

A Secretaria da Saúde de São Paulo afirmou que a paciente foi transferida porque o AME de Salto é referência regional neste tipo de atendimento. Diferente da unidade em Itapetininga, o AME de Salto é gerido pela prefeitura. O Executivo confirmou que a demanda na unidade é maior que a capacidade existente, e apontou que a prioridade no agendamento e realização das cirurgias é determinado pelo médico após avaliação das condições clínicas. Disse ainda que está verificando a situação da paciente, mas não respondeu sobre algum prazo para a solução do problema.

Waldira diz que a última vez que passou por consulta foi em maio deste ano. Segundo ela, na ocasião, foi combinado de que o AME entraria em contato em um mês para agendar a cirurgia, o que não aconteceu. “Já fiz uns sete exames de sangue e três ultrassons porque eles têm prazo de vencimento, e, se a cirurgia não é feita dentro do prazo, é necessário fazer novos exames, por isso sempre é adiado o procedimento”, afirma a operadora de caixa.

Enquanto Waldira não recebe um prazo para o procedimento, tenta conviver com o problema. Ela diz que deixa o cabelo solto e usa roupas que tentam disfarçar o tumor. “É muito chato, pois quando está quente fico com muito calor porque deixo o cabelo solto e só uso camisas com gola para tentar esconder. Ele não era desse tamanho quando apareceu, cresceu com o tempo. Agora está até do tamanho de um abacate, e, quanto mais cresce, mais difícil é tirar”, conclui.

Moradora pede por cirurgia que aguarda já há dois anos (Foto: Arquivo Pessoal/ Waldira Monteiro)

Moradora pede por cirurgia que aguarda já há dois anos (Foto: Arquivo Pessoal/ Waldira Monteiro)

Fonte: G1
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