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Morte repentina de criança alerta para importância de diagnóstico precoce

Menino de sete anos passou mal na piscina do Iate Clube e morreu no hospital após uma parada cardio respiratória

13/10/2017 11:58

O falecimento de uma criança de 7 anos devido a um mal súbito, ocorrido ontem (12) no Iate Clube, chamou atenção para esse problema, que sem causas específicas pode provocar a morte repentina de uma pessoa. 

Após sentir dores no peito e falta de ar, o menino foi socorrido às pressas e encaminhado à urgência de um hospital, mas sofreu uma parada cardio respiratória e acabou não resistindo. 

Segundo o pediatra Alberto Rego Monteiro, o mal súbito é caracterizado pela perda de consciência, associado ao desmaio, mal estar e vontade de vomitar; também é popularmente conhecido como “passar mal” e é um termo que pode abranger qualquer tipo de sintoma clínico. 

Ele ressalta a diferença entre mal súbito e morte súbita, este último geralmente atinge idosos, que podem ter aneurismas, por exemplo, ou recém-nascidos, que podem sofrer quadro de apneia. “Mal súbito geralmente é síncope, a sensação de desmaio, ou lipotimia, o desmaio em si. Pode ser hipotensão (pressão baixa) também. Uma defesa do organismo é deitar o corpo para melhorar fluxo cerebral”, aponta Alberto. 

O pediatra explica que não é comum o quadro de mal súbito em crianças e o que pode desencadear é a presença de alguma doença ainda não identificada. Em relação à criança que faleceu, Alberto Rego afirma que não é possível concluir a causa sem antes fazer um exame minucioso. “Parada cardio respiratória é muito vago, tem que ver o que levou a isso. Pode ter sido arritmia ou alteração cardíaca não detectada”, pondera. 

Como o próprio nome diz, mal súbito acontece de repente e é difícil identificá-lo. Contudo, é possível detectar traços de algumas doenças que podem levar à perda da consciência e à morte, como arritmias, aneurismas ou infarto. O pediatra Alberto Rego informa que é necessário observar queixas da criança ou perceber sinais indiretos, como ela está durante o dia. 

Além disso, é essencial visitas periódicas ao pediatra, uma vez que ele tem o olhar clínico e pode identificar possível problemas com mais certeza. “Às vezes, uma cardiopatia passa sem diagnóstico durante a primeira e segunda infância e só é detectada na adolescência. É comum ter arritmia fisiológica, mas existe arritmia patológica que pode dar alteração na criança. Tem que ter acompanhamento pediátrico”, conclui.

A família da criança aguarda o resultado da autopsia do corpo, que foi realizada no Hospital Getúlio Vargas (HGV). Somente esse exame poderá detectar a causa exata da morte.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Letícia Santos
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