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Greve da saúde municipal de Teresina é deflagrada por tempo indeterminado

Os servidores exigem a devolução dos descontos do adicional de insalubridade.

10/03/2017 14:11

Os servidores do Serviço de Saúde Municipal deflagraram na manhã desta sexta-feira (10) greve geral do setor por tempo indeterminado. Segundo a categoria, a decisão foi tomada após a Prefeitura de Teresina descontar dos trabalhadores da saúde municipal o adicional de insalubridade. Por isso, os servidores exigem a devolução dos descontos retirados.

Em nota divulgada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm), os laudos apresentados pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), como justificativa para a retirada, foram fornecidos após ocupação da sede do órgão na última terça-feira (07). Os documentos foram analisados pela assessoria jurídica do Sindserm, que não encontrou conformidade legal que justificasse a retirada do direito dos servidores.

A greve que inicia já na tarde dessa sexta-feira, abrange servidores das Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Assistência Psicossocial (CAPS), atendimentos de consultórios de rua, o Núcleo de Apoio ao Programa de Saúde da Família, Vigilância em Saúde, Vigilância Sanitária, Vigilância Ambiental e Zoonoses.

“A greve geral inclui os todos servidores representados pelo Sindserm, com exceção do servidores da enfermagem porque não são representados pelo Sindserm. Esses servidores estão em estado de greve e vão confirmar o movimento após reunião com o Sindicato da categoria", explica Sinésio Soares, presidente do Sindserm.

O presidente esclarece ainda que será enviada uma pauta reivindicatória ainda na próxima semana para ser acrescentada ao movimento. "Essa pauta é bastante extensa, ela inclui diversos pontos, entre eles a redução da jornada de trabalho, sem redução do salário e o pagamento do adicional de periculosidade e insalubridade", acrescenta o Sinésio Soares.

Contraponto

O presidente da Fundação Municipal de Saúde, Silvio Mendes, afirma que respeita o direito dos trabalhadores e, por este motivo, recebeu extra agenda, na segunda-feira (6), os representantes das categorias da área da saúde e do Sindserm para discutir sobre a questão da insalubridade. 

A FMS argumenta que foi surpreendida com o indicativo de greve por tempo indeterminado convocada  hoje pelo Sindserm. "Todas as reivindicações do sindicado foram atendidas durante o encontro na FMS", afirma Silvio Mendes. "Os laudos de avaliação sobre a insalubridade foram entregues às categorias para análise e disponibilizado no site  da Fundação de acordo com a reivindicação dos profissionais", acrescenta.

De acordo com a nota enviada pelo Fundação Municipal de Saúde ao O Dia, o acordo fechado entre a presidência da FMS, Sindeserm e categorias foi de que após análise dos laudos quem tiver direito legal a insalubridade será pago em folha suplementar. Já o Sindserm alega que nenhum acordo foi fechado na reunião realizada com a FMS.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Nathalia Amaral
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