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Cerca de 300 pacientes aguardam para fazer cirurgia de catarata no HGV

O Hospital Getúlio Vargas é o único da rede pública que realiza esse tipo de procedimento em todo o Estado, motivo este que sobrecarrega o sistema.

20/01/2016 07:32

Visão embaçada, dificuldades para enxergar com nitidez, sensibilidade à luz. Estes são alguns dos sintomas da catarata, lesão ocular que atinge o cristalino, lente natural do globo ocular, responsável pela focalização da visão. A doença, que atinge principalmente os idosos, é uma das principais causas de cegueira entre os seres humanos.

A única forma de tratamento para a catarata é através de cirurgia. Em Teresina, o Hospital Getúlio Vargas (HGV) é o único da rede pública que realiza esse tipo de procedimento. A unidade de saúde recebe pacientes da Capital, do interior do Piauí, e também de outros estados da região Nordeste. Sendo que, atualmente, a fila de espera para realização da cirurgia de catarata no HGV conta com cerca de 300 pessoas.

Entre os pacientes que passaram pelo procedimento cirúrgico através dos mutirões está a aposentada Francisca Cardoso, de 63 anos. Ela conta que foi surpreendida pela rapidez com que realizou a cirurgia, cerca de dois meses após o diagnóstico, e comemora os bons resultados alcançados.

“Tenho amigas que esperaram muito tempo na fila de espera para fazer esse mesmo procedimento. Fui surpreendida. Achei que fosse esperar um ano, ou mais, para conseguir fazer a cirurgia através do SUS. Depois da cirurgia, a minha visão melhorou muito. Tinha dificuldade para enxergar, via tudo embaçado. Estava com muito medo de perder totalmente a visão por conta desse problema”, pontua.

Segundo a coordenadora da Clínica Oftalmológica do HGV, Namir Clementino, a ideia é que, em 2016, com a continuidade dos mutirões, o número de pacientes na fila de espera pela cirurgia diminua.

“O paciente está esperando menos para fazer a cirurgia. Temos uma fila de espera e estamos fazendo essa fila andar mais rápido. A cirurgia é realizada regularmente no meio da semana e, no final de semana, chamamos um grupo expressivo de pacientes de cirurgia, que é quando acontecem os mutirões”, explica.

Para Namir Clementino, o número de pacientes que são encaminhados para a unidade ainda é muito elevado. Para ela, a falta de profissionais atuando em municípios do interior do Estado é o principal fator que dificulta a realização de mais procedimentos.

“O Hospital Getúlio Vargas absorve todos os pacientes que têm catarata, atendidos nas demais unidades de saúde. É uma quantidade muito grande de pacientes. No interior do Estado, com exceção de cidades-polo, como Parnaíba, Floriano e Picos, você não conta com especialistas para realizar esse tipo de procedimento”, pontua.


Por: Natanael Souza - Jornal O DIA
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