Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Casos de dengue aumentaram mais de 200% em um ano no Piauí

Até o começo de novembro deste ano, foram registrados 6.231 casos de dengue, sendo que no mesmo período de 2016 foram 2.052 casos

18/11/2017 09:00

Hoje, 18 de novembro, é celebrado o Dia Nacional de Combate à Dengue, instituído pelo Governo Federal em 2010, com o objetivo de chamar atenção e alertar à população sobre os cuidados que devem ser adotados para combater o mosquito transmissor da doença. Até o começo de novembro deste ano, o Piauí registrou 6.231 casos de dengue, sendo que no mesmo período de 2016 foram registrados 2.052 casos, o que representa um aumento de 203,7%. 

Segundo Inácio Lima, técnico de epidemiologia da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí (Sesapi), apesar do percentual ser elevado, os números são relativamente baixos, vez que dos três milhões de habitantes em todo o Estado, apenas oito mil adoeceram nos últimos dois anos. “A redução dos casos de dengue é devido ser uma doença que está instalada no Estado há décadas, então praticamente quase toda a população já adoeceu por dengue", disse.


Foto: Assis Fernandes/ODIA

Inácio pontua que, apesar dos registros terem crescido, o percentual acaba sendo baixo, quando considerada a população total do Estado. “Se o vírus que tiver circulando for o que a pessoa já adoeceu, o mosquito vai picar, mas ela não ficará mais doente, vez que ela já está imunizada. Diferente da Chikungunya, por exemplo, que é uma doença que se instalou há pouco mais de dois anos e a população está em risco de adoecer, porque o mosquito está presente em todos os municípios do Piauí”, disse. Inácio acrescenta que “enquanto a tendência é que os casos de dengue diminuam, a de Chikungunya aumente, vez que a população está vulnerável e receptiva, e o que não falta são mosquitos. Por isso a necessidade de eliminar as fontes onde o mosquito pode se reproduzir.

A enfermeira Suelen Moura (30) teve dengue no mês de junho e conta que os primeiros sintomas que observou foi febre alta e manchar no corpo. Ela explica que a febre não cedia, mesmo tomando medicamento, além de dores. “Com dois dias eu fui ao posto de saúde e o médico me orientou a ingerir muito líquido e analgésico para controlar as dores e febre. Eu demorei mais ou menos uma semana para me recuperar, mas ainda assim sinto dores nas articulações e membros inferiores”, fala.

Já o autônomo Renato Rocha (56) conta que é comum as pessoas jogarem lixo em um terreno baldio próximo à sua residência, localizada o bairro Santa Isabel, zona Leste de Teresina. Por conta disso, a presença dos mosquitos em sua casa é uma preocupação da família. “Esse lixo acumulado serve como criadouro de mosquito e a gente se preocupa, porque pode ser picado e ter dengue ou outra doença. Alguns vizinhos já tiveram dengue, então todo cuidado é pouco, mas infelizmente nem todos tem essa atenção em evitar recipientes acumulando água parada”, enfatiza. 

Por: Isabela Lopes
Mais sobre: