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Cai o número de pacientes do Maranhão que procuram tratamento em Teresina

Problema agora seria a falta de estrutura dos hospitais regionais.

05/10/2015 12:20

Considerados até há bem pouco tempo como responsáveis pela sobrecarga na rede de saúde pública de Teresina, os pacientes do Maranhão já não pesam mais tanto assim nos custos do municípios para o tratamento de saúde. Segundo o prefeito da capital, Firmino Filho (PSDB) no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), o principal pronto-socorro do Estado, os pacientes do estado vizinho representam apenas entre 3 e 5% do total, enquanto chegavam a quase 20% há cinco anos.

Firmino ressalta, porém, que Teresina continua a ter grandes gastos com a saúde devido à grande procura de pacientes que não são do município. Ele diz que o HUT, por exemplo, faz cerca de 1.300 cirurgias por mês e, desse total, menos da metade – 600 pessoas – são pacientes de Teresina. O restante é do interior (grande maioria) e de outros estados. “É necessário esse entendimento com o Governo do Estado, o fortalecimento dos hospitais regionais”, disse o prefeito.

Segundo ele, a questão do Maranhão ao longo do tempo ela está cada vez menos importante. "O próprio Maranhão tem crescido na oferta de serviços em várias áreas, então aquela chegada de pacientes já não é tão grande como existia no passado”, afirma Firmino.

A procura que ainda acontece são nas áreas de média e alta complexidade, especialmente nas especialidades de cardiologia e oncologia. Porém, diferente do que acontecia até 2014, o Maranhão está repassando os recursos que Teresina gasta com os pacientes maranhenses. “Existe uma pactuação entre Teresina e Governo do Maranhão e ela vem sendo cumprida. Existe uma boa vontade do governador Flávio Dino (PCdoB-MA), diferente do que acontecia anteriormente”, comentou o tucano.

O gasto com pacientes do Maranhão chegou a gerar atritos políticos entre os gestores da capital e o Governo daquele Estado. É que o Maranhão nunca havia repassado recursos da saúde para a Prefeitura de Teresina como forma de compensar o Município pelos gastos que tem com os pacientes maranhenses. 

Em 2009, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) chegou a impedir pacientes do estado vizinho de realizar consultas e exames na capital piauiense. Na época, o gestor da FMS, o próprio Firmino Filho, justificou a decisão alegando que cidades maranhenses como Timon e o próprio Governo do Estado não quiseram assinar a pactuação. 

Por: Robert Pedrosa - Jornal O DIA
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