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58 pessoas morreram por Aids em Teresina no ano passado

Número de mortes aumentou em relação ao ano anterior.

01/12/2015 12:05

O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (01) os dados atualizados dos casos notificados de Aids em todo o Brasil. Uma das novidades apresentadas pelo ministro Marcelo Castro foi o banco de dados com informações básicas por municípios. A página com todos os indicadores estão disponíveis para os gestores e para a população em geral.

Em Teresina, foram notificados 117 casos de Aids até junho deste ano, sendo 12 em gestantes. Proporcionalmente pode haver redução, já que em 2013, 315 pessoas foram diagnosticadas com a Síndrome. O que aumentou nos últimos anos, de acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde, foram os casos de óbitos provocados por Aids. Em 2013 foram registradas 54 mortes em Teresina. No ano passado este número subiu para 58.

O Ministério da Saúde, no entanto, considera a epidemia estabilizada. Segundo Marcelo Castro, o Brasil está no caminho certo. “A preocupação adicional agora é com os jovens, público alvo da nossa campanha", disse o ministro. Através do slogan "Com o tratamento, você é mais forte que a aids", a nova campanha foca na importância do tratamento. O objetivo é incentivar a prevenção, testagem e principalmente o início do atendimento médico em todos os diagnósticos positivos.

A taxa de detecção nacional está em torno de 19,7 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 40 mil casos novos ao ano. Desde o início da epidemia de aids no Brasil – em 1980 –, até junho de 2015, foram registrados no país 798.366 casos.

A epidemia tem se concentrado, principalmente, entre populações vulneráveis e os mais jovens. Em 2004, a taxa de detecção entre jovens - de 15 a 24 anos - era de 9,5 casos a cada 100 mil habitantes, o que equivale a cerca de 3,4 mil casos. Já em 2014, esse número foi de 4,6 mil casos, representando um taxa de detecção de 13,4 casos por 100 mil habitantes, um aumento de 41% na taxa de detecção nessa população.

Segundo o  diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, vários podem ser os fatores que levam a esse crescimento. "Trata-se de uma geração muito mais liberal do que a anterior, em relação às questões sexuais. Além disso, é uma geração que não viveu o auge da epidemia de aids nos anos 80, quando muitos ídolos da juventude morreram de forma dramática”, avaliou.

Segundo o diretor, o crescimento da epidemia entre jovens não é um fenômeno apenas no Brasil, mas comum a todos os países. Todos os fatores comportamentais mencionados levaram os jovens de todos os países a se exporem mais ao vírus, como observado nos novos índices.

Por: Nayara Felizardo, com informações do Ministério da Saúde
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