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"œBrasil não se recupera da crise sem CPMF", diz o deputado Júlio César

"œPrecisamos corrigir as distorções", acredita Júlio César.

29/11/2015 07:39

O deputado federal Júlio César (PSD) afirmou na última sexta-feira (27), durante encontro sobre legislativo municipal, que se o Governo não recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, o país não sairá da crise. De acordo com ele, uma das alternativas é a criação da CPMF partilhada com estados e municípios, para ter um efeito compensatório nas perdas financeiras.

“Precisamos corrigir as distorções e as contas desequilibradas. Esses cortes do governo não ajustam as contas a curto prazo. Se a Câmara Federal aprovar a recriação da CPMF, acho que vai apreciar, vai melhorar a situação, se dividir com os entes federados. Acho que não passa a proposta do Governo de tributar em 0,20% das movimentações financeiras para a União. Propusemos 0,38% repartindo 0,20% para União,0,08% para os estados e 0,10% para os municípios. Além disso, isentando quem não paga imposto de renda”, explicou Júlio César, que o imposto será insonegável e não vai tributar os pobres.

Para o deputado, só deve pagar a CPMF quem paga Imposto de Renda, ou seja, quem ganha mais de R$ 26 mil por ano, o que isentaria pelo menos 65 milhões de brasileiros de pagar o imposto. De acordo com proposta dele, o país arrecadaria em 2016 o equivalente a R$ 81,7 bilhões. Nas projeções, com os descontos de perda de arrecadação, a União ficaria com 42,3 bilhões e repassaria R$ 16,8 bilhões para os estados e 19,2 bilhões para os municípios, durante o ano.

Aos vereadores e prefeitos presentes, Júlio César explicou sobre as transferências e distribuição de fundos para os municípios. Júlio César informou que o Nordeste é a região que tem o maior impacto negativo com a desoneração de impostos e de fundos. De acordo com o parlamentar, pelo menos 35% dos recursos não foram distribuídos entre estados e municípios da região Nordeste. O parlamentar afirmou que a crise economia afetou a todos os entes federados.
Por: João Magalhães - Jornal O DIA
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