O ex-governador Wilson
Martins foi reeleito ontem
(21), por consenso, presidente
estadual do PSB. No congresso com os membros da sigla,
Wilson destacou o posicionamento e as metas do partido
para o próximo ano. Segundo
o dirigente, o PSB está se preparando para 2018 com a formação de um grande bloco de
oposição no Estado, que conta
com lideranças importantes de
vários partidos.
Wilson Martins negou qualquer possibilidade de reaproximação com PT e fez duras
críticas ao governo de Wellington Dias. De acordo com o presidente da sigla, Dias não tem
competência para administrar
o Piauí. “Há um sentimento de
cansaço dos piauienses. Deixamos, por exemplo, R$ mais de
900 milhões em caixa e o governo não conclui nada, nem
rodoanel, maternidade, barragem de Castelo. É um governo
de preguiça e incompetência
sem limite”, declarou.
Wilson foi reconduzido à Presidência do Diretório do PSB (Foto: Moura Alves/ O Dia)
O ex-governador ressaltou
que o PSB é um partido de
centro esquerda e que deve se
manter nesta linha. “É natural que tenhamos nos decepcionado muito com o PT, no
qual nos convivemos durante
muitos anos e tivemos que nos
afastar por conta da candidatura própria do partido à presidência da república, com o
Eduardo Campos, e por conta
dos escândalos de corrupção.
Aqui no Piauí estamos firmes.
A nível nacional não há nenhuma tendência em se apoiar
o PT, e aqui nós estamos deliberadamente e decididamente
distantes”, completou.
No grande grupo citado pelo
presidente do PSB, o partido
pretende eleger, pelo menos,
um candidato na chapa majoritária (governador, senador
ou vice-governador), além de
eleger representantes nas duas
bancadas parlamentares: estadual e federal.
Com relação ao seu nome,
Wilson Martins afirmou que
após a definida a composição
do grupo de oposição será discutido como ele deverá sair na
disputa. “Eu posso disputar
qualquer cargo majoritário.
Meu nome está à disposição da
oposição no Piauí”, finalizou.
Segundo o ex-governador,
o grupo já conta com o apoio
de várias lideranças políticas, inclusive daqueles que
o partido compõe a base do
governo, como Dr. Pessoa
(PSD) e João Henrique Sousa (PMDB). Além de Robert
Rios (PDT), Mão Santa (SD),
Zé Filho (sem partido), Freitas Neto (PSDB). “Alguns já
estão declaradamente se colocando como oposição, fora os
que estão com muita vontade
de se declararem, mas que,
por questão de convivência
e projeto administrativo, estão aguardando o tempo certo. Nós temos a esperança
de o prefeito Firmino Filho
(PSDB) e o senador João Vicente (sem partido) estarem
junto desse grupo, assim como
o próprio PMDB, que está dividido”, pontuou. Atualmente, o PSB conta com o apoio
dos 34 prefeitos, 30 vice-prefeitos e 250 vereadores eleitos
pelo partido nos 224 municípios do Piauí.
Ex-governador nega crise
após votação de denúncia
O PSB foi um dos partidos mais divididos com relação à votação da denúncia
contra o presidente Temer
(PMDB) na Câmara. Antes
mesmo da declaração dos
votos no plenário, deputados já haviam confirmado
o apoio ao presidente, contrariando a orientação partidária, como foi o caso do
deputado Heráclito Fortes
e Átila Lira aqui no Estado.
O presidente da sigla
negou, entretanto, a existência de crise por conta
da votação e afirmou que
está trabalhando para acabar com as possíveis desfiliações. “O PSB a nível
nacional andou fechando
algumas questões, como,
por exemplo, votar contra a reforma trabalhista e
previdenciária, o que criou
alguns arranhões. A nível
estadual, o partido é muito
plural e é natural que sejamos vistos como atrativo
para os outros partidos.
Estamos conduzindo de
forma tranquila. Zero crise
em respeito aos nossos deputados federais”, disse.
Wilson Martins afirmou
ainda que os parlamentares
do PSB possuem liberdade
para atuarem nas votações.
“Não temos nenhuma dificuldade. Existe um percentual menor que está
apoiando o Temer de forma incondicional. O parlamentar, no nosso entendimento, tem a liberdade de
votar com sua consciência”,
finalizou.
Por: Ithyara Borges