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Wilson Martins critica governo e e pôe à disposição para eleições de 2018

Segundo o dirigente, o PSB está se preparando para 2018 com a formação de um grande bloco de oposição no Estado.

22/08/2017 08:05

O ex-governador Wilson Martins foi reeleito ontem (21), por consenso, presidente estadual do PSB. No congresso com os membros da sigla, Wilson destacou o posicionamento e as metas do partido para o próximo ano. Segundo o dirigente, o PSB está se preparando para 2018 com a formação de um grande bloco de oposição no Estado, que conta com lideranças importantes de vários partidos. 
Wilson Martins negou qualquer possibilidade de reaproximação com PT e fez duras críticas ao governo de Wellington Dias. De acordo com o presidente da sigla, Dias não tem competência para administrar o Piauí. “Há um sentimento de cansaço dos piauienses. Deixamos, por exemplo, R$ mais de 900 milhões em caixa e o governo não conclui nada, nem rodoanel, maternidade, barragem de Castelo. É um governo de preguiça e incompetência sem limite”, declarou. 

Wilson foi reconduzido à Presidência do Diretório do PSB (Foto: Moura Alves/ O Dia)

O ex-governador ressaltou que o PSB é um partido de centro esquerda e que deve se manter nesta linha. “É natural que tenhamos nos decepcionado muito com o PT, no qual nos convivemos durante muitos anos e tivemos que nos afastar por conta da candidatura própria do partido à presidência da república, com o Eduardo Campos, e por conta dos escândalos de corrupção. Aqui no Piauí estamos firmes. A nível nacional não há nenhuma tendência em se apoiar o PT, e aqui nós estamos deliberadamente e decididamente distantes”, completou. 
No grande grupo citado pelo presidente do PSB, o partido pretende eleger, pelo menos, um candidato na chapa majoritária (governador, senador ou vice-governador), além de eleger representantes nas duas bancadas parlamentares: estadual e federal. 
Com relação ao seu nome, Wilson Martins afirmou que após a definida a composição do grupo de oposição será discutido como ele deverá sair na disputa. “Eu posso disputar qualquer cargo majoritário. Meu nome está à disposição da oposição no Piauí”, finalizou. 
Segundo o ex-governador, o grupo já conta com o apoio de várias lideranças políticas, inclusive daqueles que o partido compõe a base do governo, como Dr. Pessoa (PSD) e João Henrique Sousa (PMDB). Além de Robert Rios (PDT), Mão Santa (SD), Zé Filho (sem partido), Freitas Neto (PSDB). “Alguns já estão declaradamente se colocando como oposição, fora os que estão com muita vontade de se declararem, mas que, por questão de convivência e projeto administrativo, estão aguardando o tempo certo. Nós temos a esperança de o prefeito Firmino Filho (PSDB) e o senador João Vicente (sem partido) estarem junto desse grupo, assim como o próprio PMDB, que está dividido”, pontuou. Atualmente, o PSB conta com o apoio dos 34 prefeitos, 30 vice-prefeitos e 250 vereadores eleitos pelo partido nos 224 municípios do Piauí. 
Ex-governador nega crise após votação de denúncia 
O PSB foi um dos partidos mais divididos com relação à votação da denúncia contra o presidente Temer (PMDB) na Câmara. Antes mesmo da declaração dos votos no plenário, deputados já haviam confirmado o apoio ao presidente, contrariando a orientação partidária, como foi o caso do deputado Heráclito Fortes e Átila Lira aqui no Estado. 
O presidente da sigla negou, entretanto, a existência de crise por conta da votação e afirmou que está trabalhando para acabar com as possíveis desfiliações. “O PSB a nível nacional andou fechando algumas questões, como, por exemplo, votar contra a reforma trabalhista e previdenciária, o que criou alguns arranhões. A nível estadual, o partido é muito plural e é natural que sejamos vistos como atrativo para os outros partidos. Estamos conduzindo de forma tranquila. Zero crise em respeito aos nossos deputados federais”, disse. 
Wilson Martins afirmou ainda que os parlamentares do PSB possuem liberdade para atuarem nas votações. “Não temos nenhuma dificuldade. Existe um percentual menor que está apoiando o Temer de forma incondicional. O parlamentar, no nosso entendimento, tem a liberdade de votar com sua consciência”, finalizou.
Por: Ithyara Borges
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