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Voto distrital mudará a forma de eleger vereador de Teresina em 2016

Projeto já aprovado no Senado segue agora para a Câmara dos Deputados, mas causa divergência entre políticos que defendem mais discussões.

04/05/2015 06:51

A reforma política está avançando no Congresso Nacional e, embora ainda esteja no início, já vem causando bastante polêmica. A mais recente delas é a mudança na maneira dos eleitores escolherem o vereador nas cidades com mais de 200 mil eleitores. O voto distrital, já aprovado no Senado, prevê que o município seja dividido em distritos, de acordo com o número de vagas na câmara municipal.

Cada distrito (como se fosse um bairro) elegerá um vereador por maioria simples, ou seja, será eleito o candidato mais votado. O partido ou coligação poderá registrar apenas um candidato a vereador por distrito e cada vereador terá direito a um suplente. No Piauí, apenas Teresina seria atingida pela forma. Parnaíba, o segundo maior colégio eleitoral do Estado, tem menos de 100 mil votantes.

É como se cada distrito tivesse um vereador representando sua região. O autor do projeto, senador José Serra (PSDB-SP), justifica que a mudança tratará mais benefícios à população. Para ele, o voto distrital fortalece a identidade local e ajuda a reduzir os custos das campanhas eleitorais. “O projeto reforça a cidadania local”, afirmou Serra à Agência Senado.

Os que apoiam o projeto alegam que a maneira como os veadores são escolhidos hoje afasta a população do poder legislativo. Os parlamentares são eleitos pelo sistema proporcional de votação, na qual os votos recebidos por um candidato podem ajudar a eleger outros do mesmo partido ou coligação. É o número total dos votos válidos de cada agremiação que define a quantidade de vagas a que a legenda terá direito.

O DIA ouviu especialistas e vereadores sobre o projeto. As opiniões são conflitantes. O projeto ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados até outubro para passar a valer nas eleições de 2016. Caso a experiência seja bem sucedida, José Serra pretende adotá-la em todo o país. Até lá, muitas discussões deverão acontecer.

Por: Robert Pedrosa - Jornal O Dia
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