O vereador Dudu (PT) protocolou nesta quarta-feira (01) uma proposta de decreto legislativo com o objetivo de suspender o aumento da passagem de ônibus na capital, que passou de R$ 2,75 para R$ 3,30 no início do mês de janeiro, representando um aumento de 20% na tarifa.

“Essa medida do prefeito extrapola as esferas da legalidade. Um aumento de 20% é abusivo e é um pacote de maldade contra a população. Não podemos admitir algo dessa natureza”, explica Dudu, que garante que vai continuar questionando as questões polêmicas executadas pela Prefeitura.

O vereador ainda afirma que os documentos enviados pela prefeitura explicando o aumento da tarifa não apresentam com clareza os motivos. “A PMT enviou aqui para a Câmara um documento oficial rasurado e que não apresenta os reais números a respeito do aumento da passagem. Vou pedir votação na Câmara e os vereadores terão que se posicionar nominalmente e assim saberemos quem está do lado do povo”, contesta o parlamentar.

^{Vereador Dudu promete oposição forte ao prefeito e diz que questionará reajuste da passagem (Foto: Moura Alves/O Dia)}

O pedido de votação nominal é para esclarecer à população de Teresina sobre o posicionamento dos vereadores no legislativo. “Nesse modelo de voto, o parlamentar vai ter a consciência e dizer quem ele está defendendo, o povo ou os superiores. Mas se esse modelo de votação não for possível nesse processo, nós queremos que esse ato de anulação, com garantias constitucionais, seja aprovado e, assim estaremos satisfeitos”, finaliza o vereador Dudu.

Além disso, Dudu afirmou que vai propor ações para melhor a fiscalização e a transparência dos projetos do executivo. “Mesmo que o prefeito tenha uma grande base de sustentação, mas essa Casa não vai ser submissa. Uma coisa é agir em parceria, outra coisa é agir em submissão”, pontuou.

Sobre o assunto, o prefeito Firmino Filho reiterou que a Prefeitura vem subsidiando o sistema ao longo dos anos, quando manteve congelado os valores da passagem de ônibus nos anos de 2013 e 2014. “Em 2015 e 2016 tivemos que garantir o subsídio, tirando do seu orçamento os recursos para bancar o sistema. A passagem estudantil também está congelado há cinco anos e vai ficar o sexto ano assim. Estamos em um ano de crise e somos obrigados a dar esse reajuste”, rebateu, destacando que o decreto proposto estava "fora da realidade".

Por: Ithyara Borges - Jornal O Dia