Considerada a nova fronteira agrícola a Matopiba, que compreende as regiões produtoras dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, será instituída e delimitada por meio de decreto no próximo dia 30 de abril. A informação é da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu. O decreto demonstrando as potencialidades da área será apresentado em cerimônia com os governadores dos estados que integrarão a região.

O Governador Wellington Dias (PT) tem se demonstrado otimista com a proposição de exploração da região. Segundo ele, o diálogo com os Governadores dos Estados que compõem a fronteira tem sido o de diversificar a economia e expandir a produção do que atualmente já é feito. Ele também comenta a necessidade de avançar para além do território dos cerrados.

“A minha posição, assim como a dos Governadores do Maranhão e Tocantins e da Bahia, é a de apontar para a diversificação e para o desenvolvimento. A produção não pode ser só na área do cerrado e também não pode se restringir à produção de industrialização de grãos”, afirma Wellington.

O Governador também aponta a necessidade da produção irrigada e do investimento em turismo. “Ou seja, queremos estudar a possibilidade de produção em todas as áreas que tem potencial para o desenvolvimento”, acrescenta. Dias também já anunciou visita à Tocantins com o intuito de planejar a construção da primeira estrada que ligará o Piauí até o estado. Para ele, esta obra deve possibilitar um melhor escoamento da produção entre os estados.

Kátia Abreu anunciou ainda que são intenções da Presidenta Dilma fazer a região ir além da Pecuária e avançar para a agricultura. Atualmente a pecuária na região, em função do maior emprego de tecnologia, tem ocupado espaços cada vez menores, proporcionando a ampliação da área de produção de grãos, explica a ministra. Os estudos para a criação da área e avaliação das potencialidades estão sendo realizados pela Casa Civil e pela Embrapa, além do Mapa. Um dos objetivos é atrair para a Matopiba investimentos nacionais e estrangeiros.

A ministra aponta que a política não será de protecionismo, mas de apoiar o desenvolvimento da região por meio de investimentos em logística, infraestrutura e fornecimento de energia.

Por: Sarah Fontenelle - Jornal O Dia