O secretário de Cultura do
Piauí, Fábio Novo (PT), comentou
a decisão do presidente
interino Michel Temer
(PMDB) de recriar o Ministério
da Cultura (MinC), extinto
logo que o peemedebista
tomou posse, no dia 13 de
maio. Para Novo, a volta do
MinC após protestos ocorridos
em todo o Brasil mostra
que a sociedade não aceitará
qualquer retrocesso nas políticas
públicas.
Foto: Assis Fernandes/ODIA
“Antes tarde do que nunca.
A extinção do MinC é um
exemplo da forma autoritária
de como este governo se instalou
no Brasil. Antes de comemorar
a decisão, vamos aguardar
para saber qual o formato
do ministério. Tem que ser, no
mínimo, do mesmo em que se
encontrava antes da mudança”,
disse o secretário.
Fábio Novo ressaltou que o
MinC não é de Governo A ou
B, mas é um patrimônio do
povo brasileiro que existe há
31 anos. “Ter um órgão superior
que ajude nas políticas públicas
de cultura é de extrema
importância em um país continental
como o Brasil”, frisou.
O gestor acrescentou ainda
que é graça ao MinC que o país
tem avançado em alguns setores,
como os pontos de cultura
(entidades reconhecidas e
apoiadas financeira e institucionalmente
pelo Ministério
da Cultura para desenvolverem
ações socioculturais em
suas comunidades) e o crescimento
do cinema nacional.
“Inclusive, não é cortando dinheiro
da cultura que vamos
resolver a crise econômica.
Até porque a cultura é inclusiva”,
avaliou.
Por fim, Fábio Novo criticou
a gestão Temer, pois a extinção
do MinC mostra que o
presidente não dialogou com
a sociedade, pois, se o tivesse
feito, não teria acabado com a
pasta. “Vamos continuar vigilantes.
Precisamos ficar atento
a esse governo interino e golpista”,
concluiu.