O senador Ciro Nogueira
(PT) foi citado em delação premiada pelo executivo Ricardo Saud, diretor de relações institucionais e governo
da JBS. O depoimento foi registrado dia 05 de maio a representante da Procuradoria
Geral da República. Na ocasião, Ricardo Saud afirmou
que o senador piauiense coordenou o recebimento R$ 42
milhões de recursos oriundos
de propina pagos ao Partido
Progressista e que os recursos
foram utilizados para investir
em campanhas eleitorais do
PP, presidido nacionalmente
por Ciro Nogueira.
“O próximo partido foi o PP,
meu contato foi todo tempo
com o senador Ciro Nogueira.
Começou em R$ 20 milhões,
mas acabamos chegando em
R$ 42 milhões. Eram doações dissimuladas de oficiais e
uma parte muito pequena em
dinheiro”, diz Ricardo Suad,
acrescentando ainda que R$
2 milhões teriam sido pagos
através de notas fiscais emitidas por um supermercado de
Teresina. O nome do supermercado, que consta no processo, ainda não foi divulgado
pela imprensa.
Segundo Ricardo Suad, o dinheiro foi entregue a uma pessoa a mando do senador Ciro
Nogueira. O delator afirmou
ainda que além do PP, outros
partidos como PMDB, PR, PC
do B e outros também receberam recursos para financiar
campanhas e em troca, apoiar
a reeleição de Dilma Rousseff
(PT). Ainda segundo o delator, o valor das contribuições
levava em conta o tamanho da
bancada e o tempo de televisão de cada sigla.
O DIA tentou contato com
o senador Ciro Nogueira, para
que ele comentasse as informações. Até o fechamento
desta edição, ele não foi localizado por telefone pelo jornal
e nem por sua assessoria de
imprensa.