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PT abre processo para expulsão de Palocci, após depoimento contra Lula

Embora já tenha chamado Palocci de preso político, o presidente do PT de Ribeirão Preto, Fernando Tremura, encaminhou seu voto pelo desligamento do ex-ministro.

19/09/2017 09:42

O Comando do PT de Ribeirão Preto decidiu abrir processo para expulsão do ex-ministro Antonio Palocci. Em reunião realizada nesta segunda-feira (18), foi unânime a decisão pela abertura de processo no conselho de ética do partido, que se reunirá ainda esta semana.

O ex-ministro Antonio Palocci (Foto: Lula Marques)

Embora já tenha chamado Palocci de preso político, o presidente do PT de Ribeirão Preto, Fernando Tremura, encaminhou seu voto pelo desligamento do ex-ministro, sob o argumento de que ele foi obrigado a mentir em troca de benefícios na operação Lava Jato.

Apesar da decisão, integrantes do comando partidário têm procurado parentes de Palocci para que ele tome a iniciativa de se desfiliar encerrando o debate interno. Mesmo contrariado com o depoimento de Palocci, Tremura diz que é com tristeza que conduz o processo de expulsão. "É um relacionamento antigo", disse Tremura, segundo quem "Palocci poderá se desfiliar a qualquer momento".

Segundo petistas, Tremura resistia à abertura de procedimento no conselho de ética. O presidente estadual do PT, ex-ministro Luiz Marinho, determinou, porém, prazo de dez dias para que o diretório municipal abrisse o processo. Do contrário, o comando estadual assumiria a tarefa. A decisão de Marinho aconteceu após uma reunião no instituto Lula.

Uma das preocupações no partido é com Dona Antonia, mãe de Palocci. Segundo petistas, Dona Toninha estaria muito abalada desde a prisão do filho, sendo obrigada inclusive a mudar de endereço. Militante partidária, ela tem se trancado em casa, ainda segundo relato de petistas.

Numa tentativa de se reerguer após o impacto do depoimento de Palocci ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu seus colaboradores na tarde desta segunda para organização de uma nova caravana.

Desta vez, em Minas Gerais. Em outubro, a comitiva deverá percorrer a região de Montes Claros, Murici, Vale do Jequitinhonha, Vale do Aço, do Rio Doce e Região Metropolitana.

Fonte: Folhapress
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