Bancários, professores universitários, comerciários,
trabalhadores da construção
civil, servidores federais do
Incra e da Justiça Federal,
além de servidores públicos
estaduais da saúde confirmaram que vão cruzar os braços
na próxima sexta-feira (28)
para deflagração da greve geral dos trabalhadores.
Daniel Solon diz que diversas categorias confrmaram participação na greve geral contra reformas trabalhista e previdenciária (Foto: Jaílson Soares/ O Dia)
A concentração ocorre às
9h, na Praça Rio Branco, no
centro de Teresina. As organizações sindicais também
confirmam o evento nas cidades de Parnaíba, Picos e
Piripiri. As manifestações
devem ocorrer todas as capitais e a organização espera
que dê o pontapé inicial para
lutar contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo Governo Federal. De acordo com Madalena
Nunes, do movimento Auditoria Cidadã da Dívida,
diz que o protesto pretende
explicar que os trabalhadores têm direitos retirados
por uma classe política denunciada de corrupção, que
ao mesmo tempo que retira
direitos dos trabalhadores,
mantem seus privilégios. “A
ideia é mobilizar os trabalhadores para os prejuízos que
eles vão ter com a reforma
trabalhista, por exemplo. A
partir do momento que o negociado se sobreponha à lei,
a lei é anulada. Dessa forma,
a Justiça do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho,
essas estruturas são feitas
para garantir o cumprimento
das leis, se as leis são anuladas não há mais sentido o
estado manter uma estrutura
que perdeu finalidade. É a
pior fase do neoliberalismo”, diz a sindicalista.
Daniel Sólon, da Associação de Docentes da Uespi, cita que a reforma da
previdência é outra pauta
que está na reivindicação
do movimento que defende a greve geral. A pauta
será discutida entre os movimentos de moradores,
mulheres, sindical e estudantes. “Nossa briga é basicamente contra as reformas
que estão em curso. Uma
acaba, inviabiliza a aposentadoria e outra ataca a CLT.
Até a própria terceirização,
recentemente aprovada, a
gente precisa barrar para
que nossos direitos sejam
assegurados”, diz Solon.
Há mais de 15 anos o
Brasil não possui um movimento de greve geral dos
trabalhadores. A organização do evento espera receber milhares de manifestantes
no evento. Servidores públicos
e trabalhadores da iniciativa
privada estão sendo mobilizados para a manifestação.
Por: João Magalhães