O Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do
Brasil, através do presidente
Carlos Lamachia, protocolou ontem (25) na Câmara
dos Deputados um pedido
de impeachment do presidente da República, Michel
Temer (PMDB). A OAB denúncia Michel Temer por
crime de responsabilidade.
O pedido leva em conta os
inquéritos instaurados no
Supremo Tribunal Federal
pelo procurador-geral da
República, Rodrigo Janot,
contra Temer por fatos narrados na delação de Joesley
Batista. Segundo a OAB, há
provas de crimes praticados
por autoridades, entre elas o
próprio presidente.
Presidente da OAB e das seccionais pedem a saída do presidente Michel Temer. câmara já recebeu 17 pedidos de impeachment (Foto: Folhapress)
Até a tarde de ontem (25),
o pedido da OAB era um dos
17 pedidos de impeachment
formulados ao presidente da
Câmara. De acordo com o
presidente da OAB/PI, Chico Lucas, o pedido da OAB
tem uma diferença porque
não é partidarizado e é relatora por uma instituição
respeitada que inclusive, já
participou dos processos de
impeachment dos ex-presidentes Fernando Collor e
Dilma Rousseff. “Este é um pedido da sociedade civil organizada. A
OAB é uma instituição da
sociedade civil organizada,
que fez uma deliberação democrática, não foi o pedido
do presidente Lamachia. É
um pedido dos advogados
do Brasil. Foram escutadas
as Seccionais, os Estados,
as bancadas do Conselho
Federal, então isso foi uma
construção e tem ali o respaldo de um milhão de advogados. É esta a grande força
do pedido da Ordem, uma
instituição respeitada que já
participou do processo de
impeachment, com tristeza,
do Fernando Collor e da Dilma”, diz Chico Lucas.
Chico Lucas, presidente da OAB-PI (Foto: Arquivo)
O presidente da entidade
explica ainda que ninguém
está feliz de assinar ou assumir o protagonismo num
processo desse, mas não pode-se aceitar que o presidente
continue sendo mandatário quando não tem mais condições legais, morais de continuar à frente da nação.
Agora, cabe ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM), declarar admissibilidade ou não do pedido. Em
caso de aceito, o presidente
cria uma comissão especial
para analisar o pedido.
Por: João Magalhães