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Prefeitos apelam ao presidente do TJ contra fechamento de comarcas no Piauí

Medida atende a uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que prevê a agregação de comarcas que não estejam atingindo os números estipulados pelo Conselho.

08/07/2016 17:28

Uma comissão de prefeitos acompanhados do presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Arinaldo Leal, reuniu-se na manhã desta sexta-feira (8) com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI), desembargador Erivan José da Silva Lopes, para tratar do possível fechamento de 37 comarcas no interior do Estado, em atendimento a uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que prevê a agregação de comarcas que não estejam atingindo os números estipulados pelo Conselho.

Durante a reunião, os prefeitos alertaram que a população dos municípios será muito prejudicada caso o fechamento das Comarcas se confirme.

Erivan Lopes argumentou que a administração do Poder Judiciário do Piauí está consolidando o cumprimento da Resolução nº 184 do CNJ, que prevê a agregação de comarcas visando otimizar os recursos humanos e financeiros das que permanecerão. 

O desembargador alega, entre outros motivos, que algumas comarcas nunca tiveram juízes titulares, e outras permanecem ociosas, julgando poucos processos.

O prefeito de Itainópolis, Paulo Lopes, contrapôs o argumento do magistrado afirmando que a comarca do seu município há 30 anos funciona prestando relevantes serviços a sociedade. “Somos contra a agregação da Comarca de Itainópolis. A população dos municípios de Itainópolis, Vera Mendes e região perderá muito com a agregação, pois na prática, de imediato, deixaríamos de ter juiz, promotor, defensor público, serventuários entre outros, o que acarretaria enormes prejuízos à população, prejudicando o cidadão e dificultando o acesso à justiça”, destaca o prefeito.

De imediato serão extintas as comarcas de municípios que não têm juízes (conforme relação no anexo I), posteriormente as que têm juízes mas são consideradas ociosas (anexo II).

Para Arinaldo Leal, a medida afetará principalmente a população mais carente dessas regiões. "Quem sofrerá mais são as pessoas mais necessitadas economicamente, pois as despesas com deslocamento são elevadas, insuportáveis para os mais pobres. O argumento de que existem comarcas com poucos processos e que geram prejuízo financeiro não cabe nesse pleito, pois na verdade desempenham a função de promover a justiça à sociedade, de maneira próxima e acessível”, destaca Arinaldo.

 

Fonte: Da Redação
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