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Polícia Federal deflagra mais uma fase da Operação Lava-Jato

A ação apura operações financeiras realizadas a partir da aquisição pela Petrobras de direitos de exploração de petróleo na África

26/05/2017 10:40

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta (26) a 41ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Poço Seco. Estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, um de prisão temporária e três de condução coercitiva nos estados do Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo.
Entre os alvos estão um ex-banqueiro, um empresário, um ex-gerente da Petrobras e Fernanda Luz, ligada ao lobista que atuava na Petrobras Jorge Luz. Ele está preso em Curitiba com o filho Bruno.


Procurador do MPF, Carlos Fernando dos Santos Lima, na coletiva sobre a 41ª fase da Operação Lava Jato (Foto: Folhapress)

A ação desta sexta (26) apura operações financeiras realizadas a partir da aquisição pela Petrobras de direitos de exploração de petróleo em Benin, na África -contrato que rendeu uma condenação ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apontado como beneficiário de US$ 1,5 milhão em propinas neste caso.
Estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, um de prisão temporária e três de condução coercitiva nos estados do Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. Entre os alvos estão um ex-banqueiro, um empresário, um ex-gerente da Petrobras e Fernanda Luz, ligada ao lobista que atuava na Petrobras Jorge Luz. Ele está preso em Curitiba com o filho Bruno.
Agora, a investigação identificou outros cinco destinatários de valores indevidos, segundo o Ministério Público Federal. A propina chegou a US$ 10 milhões, ou quase um terço do valor do negócio. Os alvos desta fase teriam recebido os valores em contas ocultas na Suíça e nos Estados Unidos.
O nome Poço Seco é uma referência aos resultados negativos do investimento realizado pela estatal na aquisição de direitos de exploração de poços de petróleo em Benin. Os investigados responderão pelos crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, entre outros. Os presos serão levados para a sede da Polícia Federal em Curitiba.
África
Em março, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, condenou o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas. Somadas, as penas chegam a 15 anos e quatro meses de prisão.
Ele é acusado de US$ 1,5 milhão na aquisição de direitos de exploração de Petróleo pela Petrobras em Benin, ação investigada nessa fase. Além do recebimento do dinheiro, Cunha também foi condenado por ter ocultado os valores entre 2011 e 2014, enquanto era deputado, segundo o juiz.

Fonte: Folhapress
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