Servidores públicos, estudantes e trabalhadores da iniciativa privada no Piauí aderiram à manifestação nacional que convocou uma greve geral para esta quarta-feira (15), em protesto contra o projeto de reforma da previdência, enviado pelo Governo Federal para votação no Congresso.

De acordo com levantamento no site Rede Brasil Atual, os protestos estão ocorrendo em mais de 30 cidades, a maioria nas capitais do País. Em São Paulo, o metrô está parado. Em Teresina, os trabalhadores estão reunidos em frente ao INSS desde as 8h.

A reforma da previdência prevê pontos polêmicos, como o estabelecimento de idade mínima aos 65 anos para todos os trabalhadores. Além de dificultar o acesso à pensão morte, outra crítica ao projeto é a flexibilização das rendas destinadas a deficientes físicos e idosos de baixa renda, hoje vinculados ao valor do salário mínimo.

Segundo o professor Douglas Bezerra, militante da Central Sindical e Popular Conlutas, a proposta do governo é um ataque ao direito dos trabalhadores de se aposentarem. “Usam o discurso de que a previdência está quebrada, mas isso é apenas uma justificativa para o ataque nefasto. E isso não começa no governo Temer. Vem desde de Lula e Dilma, só que agora é definitivo”, disse o professor.

Participam da manifestação dezenas de trabalhadores da educação, da previdência, dos correios, além de comerciários, bancários e membros de partidos como PSTU e Psol. Jovens da Anel e do movimento Rua também reforçam o protesto.

Por: Nayara Felizardo e Letícia Santos