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Petistas reagem à postura de Elmano após confirmação de voto

Para petistas, Elmano está sendo "ingrato" com o PT que o ajudou em sua campanha com apoio de Dilma.

27/04/2016 07:08

A decisão do senador Elmano Ferrer (PTB) de assumir que votará pela admissibilidade do impeachment da presidente Dilma, é vista por petistas como um ato de ingratidão, já que ele foi eleito para o Senado com o total apoio do Partido dos Trabalhadores, do ex-presidente Lula, da própria presidente Dilma Rousseff e do governador do Piauí, Wellington Dias.


De acordo com o vice-presidente da sigla no Estado, Pedro Calisto, é preciso ter cautela e esperar efetivamente a votação no Senado. O dirigente ainda demonstrou esperanças que Elmano mude de opinião. Na Câmara Municipal de Teresina, o vereador Dudu tem feito críticas ao comportamento do senador, acusando ele de ingratidão.


Ele citou ainda que em caso de votação pelo impeachment, o partido deve analisar o comportamento de Elmano da mesma forma como observa as atitudes de Júlio César e Ciro Nogueira. “Vamos ter que analisar primeiro a situação do PP e PSD e de Elmano, isoladamente, já que Fábio Abreu e Paes Landim votaram contra o golpe”, informou Pedro Calisto.


No último sábado (23), o secretário de Governo do Piauí, Merlong Solano, declarou ter o sentimento de traído, caso Elmano vote mesmo pelo impeachment da presidente. A senadora Regina Sousa, presidente do PT no Piauí, também já tinha comentado ao O DIA que no atual cenário político brasileiro não há espaços para indecisões.



Elmano Ferrer divulga nota à imprensa confirmando que votará pela admissibilidade do impeachment de Dilma


O senador Elmano Ferrer (PTB-PI) divulgou uma carta reafirmando seu voto a favor da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado Federal. Desde a semana passada ele já vinha recebendo crítica de petistas e aliados do Governo Federal no Piauí por conta de sua indecisão em relação ao processo.


Caso a admissibilidade seja aprovada, o que precisa de 41 votos dentre os 81 senadores, a presidente Dilma é afastada por 180 dias do cargo, período em que será julgada pelo Senado em uma investigação presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewadowski.


Na carta encaminhada aos meios de comunicação na manhã de ontem (26), Elmano Ferrer afirma que “os interesses pessoais e partidários ou o clamor das ruas não podem se sobrepor à Constituição”. “Reafirmo que os meus votos em todas as fases deste processo serão claros, públicos, transparentes e, especialmente, pautados nas minhas convicções pessoais, bem como nas provas contidas no processo”, diz o senador, na carta.


Ferrer alega ainda que na votação sobre a admissibilidade do processo no Senado, não vai analisar o mérito, no caso, o cometimento pela presidente Dilma de crime de responsabilidade. Ele cita apenas que o mérito do processo será analisado no período de 180 dias em que os trabalhos de investigação serão realizados.


“Levando em consideração a decisão da Câmara dos Deputados, aprovada por ampla maioria dos parlamentares que compõe aquela Casa, e pelas informações que pude ter acesso para formar minha convicção inicial sobre o processo, afirmo que votarei favoravelmente pela admissibilidade do processo de impeachment da Presidente”, conclui o senador.



Por: João Magalhães - Jornal O DIA
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