Os novos ministros da Justiça, Wellington Silva, da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Luiz Navarro, tomarão posse nos cargos nesta quinta-feira (3), em solenidade no Palácio do Planalto. Caberá à presidente Dilma Rousseff assinar os termos de posse dos três.
Novo titular da AGU, Cardozo deixará o comando do Ministério da Justiça após passar os últimos seis anos à frente da pasta. Ele assume no lugar de Luís Inácio Adams, que decidiu deixar o governo para atuar em um escritório privado. Para o lugar de Cardozo, Dilma convidou o ex-procurador-geral de Justiça da Bahia Wellington Silva.
José Eduardo Cardozo (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/ Fotos Públicas - 12/02/2016)
Outro ministro a tomar posse, o novo chefe da CGU, Luiz Navarro, assume a cadeira no lugar do ministro Carlos Higino, que vinha atuando como interino desde dezembro do ano passado, quando o então ministro Valdir Simão foi deslocado para o Ministério do Planejamento.
O anúncio das trocas no primeiro escalão do governo ocorreu na última segunda (29), por meio de um comunicado oficial divulgado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
Associações de delegados e agentes da PF chegaram a manifestar “preocupação” com a substituição de Cardozo e apontaram suposto “risco” no andamento da Lava Jato com a troca.
Em meio à repercussão em torno de seu nome, o novo ministro da Justiça, Wellington Silva, disse que Polícia Federal “continuará com seu trabalho”. À TV Globo, ele afirmou também que as instituições públicas estão “maduras” a ponto de não sofrer alterações em seus serviços em razão de mudanças dos “atores” que as controlam.
O novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva (Foto: MP/RS)
Em entrevista ao G1 na semana passada, Luís Adams, que deixa a AGU e passa o bastão para José Eduardo Cardozo, avaliou que a troca no comando da pasta não prejudicará a defesa de Dilma no impeachment. Segundo ele, os argumentos técnicos já estão preparados.
A defesa de Dilma e Temer no processo que corre no TSE cabe ao advogado Flávio Crocce Caetano, ex-secretário nacional de Reforma do Judiciário que atuou como coordenador jurídico da campanha de 2014.
Fonte: G1