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No Piauí, Eduardo Jorge critica governo Dilma e pôe nome à disposição

Para ele, "œa incompetência e o fracasso" daquele governo são os principais fatores da crise vivenciada pelos brasileiros atualmente.

21/10/2017 09:15

O candidato à presidência pelo PV em 2014, Eduardo Jorge (PV), fez duras críticas ao parlamento brasileiro e ao governo do PT nos anos em que teve à frente Dilma Rousseff, tanto com relação aos escândalos envolvendo o nome da ex-presidente quanto à forma de ela governar o país. Para ele, “a incompetência e o fracasso” daquele governo são os principais fatores da crise vivenciada pelos brasileiros atualmente. 

“Foi uma coisa absurda, que está provocando sofrimento até hoje. Temos 13 milhões de desempregados, empresas falindo, uma recessão terrível, além das irregularidades orçamentárias e administrativas. Infelizmente, o governo da Dilma naufragou”, disse Eduardo Jorge, que foi filiado ao PT antes de ingressar ao PV, em 2003. 

Em evento do PV, ex-candidato defende o modelo parlamentarista (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

Eduardo Jorge comentou o modelo de governo do Brasil. Para ele, se vigorasse o modelo parlamentarista, onde o chefe do Executivo é eleito entre os deputados mais votados, o problema político do país já teria sido resolvido. “Se aqui tivéssemos o parlamentarismo, isso tudo já teria sido resolvido, como acontece em outros países. O parlamentarismo é muito mais democracia do que o presidencialismo”, pontuou. 

Sobre as eleições de 2018, Eduardo Jorge ressaltou que, apesar das dificuldades para se encontrar um nome que represente o país, o pleito será a oportunidade de se reverter à situação de crise e disse que, se o partido quiser lançar candidatura própria, o seu nome estará à disposição do PV para disputa ao Palácio do Planalto. 

 “O PV ainda não definiu sua posição, porque não é um partido de atrapalhar, que quer o poder pelo poder. O PV tem se caracterizado como um partido construtivo. Teremos que analisar bem como podemos ajudar em 2018 e evitar essa tendência perigosa de um choque entre a extrema direita e a extrema esquerda, que se consideram inimigas. Isso não é bom”, destacou. 

No Piauí, Eduardo Jorge participou de um seminário que discutiu a formação e o programa político do PV, que propõe a sustentabilidade e manutenção dos recursos naturais. 

“Temos a pior Câmara desde 1988”, analisa 

O ex-candidato criticou ainda o Congresso Nacional, que, para ele, tem a pior formação desde os anos 80. Eduardo Jorge também comentou sobre o posicionamento de parlamentares do seu partido em decisões na Câmara Federal, como, por exemplo, na votação da primeira denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), que aconteceu em agosto. O PV votou contra a aceitação do processo. 

“A Câmara Federal que nós temos é a pior desde 1988 no Brasil. A nossa bancada federal é pequena e dividida. Tem quatro que se comportam como oposição e dois como governo. É preciso votar melhor, inclusive no PV. Na hora de votar no PV, estude o currículo dos deputados para depois não votar em gente que faça vergonha”, pontuou. 

Eduardo Jorge ressaltou ainda que o PV, embora tenha um dos seus membros comandando uma das pastas do governo Temer, não faz parte da base do presidente. “As pessoas têm preconceito por causa do pai dele, mas ele é o único deputado ambientalista do congresso. Ele chegou ao diretório e disse que tinha sido convidado. A gente não vai participar e nem apoiar o governo. Mas se você vai ajudar o governo na crise, faça o melhor, mas vai pessoalmente”, disse Eduardo Jorge sobre o Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.

Por: Ithyara Borges
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