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Movimento LGBT se mobiliza para que vereadores não aprovem título a Feliciano

Proposta só será votada na próxima semana, após parecer das Comissões.

31/03/2015 10:40

Na manhã desta terça-feira (30), militantes LGBT de Teresina fizeram manifestação na Câmara dos Vereadores. O objetivo é convencer os parlamentares a votarem contra o projeto de autoria do vereador Ricardo Bandeira (PSDC), que concede o título de cidadão teresinense ao deputado federal e pastor, Marco Feliciano (PSC).

O projeto foi encaminhado para análise da Comissão de Legislação e Justiça e depois seguirá para a Comissão de Educação e Cultura. Os pareceres, com orientações favoráveis ou desfavoráveis à proposta, serão levados para o plenário, que deve votar na próxima semana.

Fotos: Assis Fernandes/ODIA

Compõem a Comissão de Legislação e Justiça os vereadores Edson Melo (PSDB), Jeová Alencar (SDD), Dudu (PT), Levino de Jesus (PRB) e Antonio Aguiar (PROS). Os dois últimos já declararam apoio à concessão do título, enquanto Dudu se posicionou contra.

Na Comissão de Educação e Cultura, a presidente é a vereadora Celene Fernandes (SDD), que aprova a proposta. Os demais componentes da comissão são os vereadores Luís André (PPS), Edvan Silva (PTC), R. Silva (PP) e Gilberto Paixão (PT), que já se colocou contra o projeto.

O autor da proposta, vereador Ricardo Bandeira, defendeu o título de cidadão teresinense para Marco Feliciano, mesmo que ele não tenha nenhum serviço prestado à Capital. “Não estamos falando de obras físicas, mas de um trabalho social de resgate de vida. Não se trata de uma questão racista ou homofóbica, pois não somos. Achamos que o Feliciano é uma pessoa honrada, de inteligência fantástica, íntegro e puro”, disse o vereador.


Vereador Ricardo Bandeira defendeu o título de cidadão teresinense para Marco Feliciano

Por outro lado, a vereadora Rosário Bezerra se diz indignada e acredita que conceder o título para Marco Feliciano seria concordar com as posturas sexistas, racistas e homofóbicas. “Ele presta um desserviço à população brasileira e significa um retrocesso às conquistas do segmento LGBT”, disse Rosário.

Segundo Glaudson Lima, militante LGBT, o movimento foi pego de surpresa, mas se articulou rapidamente para evitar que o título seja concedido. “Vamos acompanhar e acreditamos que a proposta não vai passar, devido à pressão do movimento”, disse Glaudson.

Por: Nayara Felizardo, com informações de Sarah Fontenele
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