Um caso de estupro ocorrido dentro do Centro Educacional
Masculino (CEM), para onde são destinados menores em conflito com a lei, veio
ao conhecimento da sociedade na manhã de hoje (17). O caso aconteceu no último domingo
(14), mas os envolvidos só puderam ser levados à polícia na segunda-feira.
De acordo com informações colhidas pela SASC (Secretaria de Assistência Social e Cidadania), durante a tarde de domingo, um menor considerado de alta periculosidade saiu de sua cela e foi até uma outra. Usando objetos cortantes, o rapaz ameaçou e forçou um desafeto a praticar sexo oral nele.
O menor, identificado pelo apelido “Pipoqueiro”, responde pelo homicídio do cabo Nunes, em fevereiro de 2015, morto quando fazia a segurança do filho do governador Wellington Dias .
O crime foi constatado no mesmo dia. Entretanto, vítima e
acusado não puderam ser levados imediatamente para a Central de Flagrantes por
conta da periculosidade do acusado, que exigiria um aparato de segurança para
que fosse feito o transporte.
O caso foi levado à Justiça na segunda-feira, quando não foi possível lavrar o flagrante. O menor acusado de estupro confessou o crime. Um boletim de ocorrência foi registrado. Os dois voltaram ao CEM, e foram colocados em setores diferentes, de forma que não têm mais contato.
Ainda de acordo com a SASC, o crime pode ter sido cometido para que o acusado demonstrasse poder sobre os outros. "Dentro do ambiente hostil da instituição ocorrem ameaças de todo tipo, e o estupro pode ter sido usado como forma de humilhação e ostentação de poder por parte do acusado, já que ele é considerado um dos internos mais perigosos", comentou um servidor que não quis se identificar.
Edição: Nayara FelizardoPor: Andrê Nascimento