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Indústrias do Piauí preveem 2015 difícil e defendem choque de gestão

Representantes do setor industrial entregaram um relatório ao governador dando detalhes e propostas de choque de gestão no Estado.

26/01/2015 06:55

Empresários representantes do setor industrial preveem um ano muito difícil para a economia piauiense. Eles acreditam que o Estado sofrerá os efeitos do baixo crescimento nacional, como consequência do pacote de medidas adotadas pelo Governo Federal para ajustar as contas. Para reduzir o impacto desse pacote no Piauí, os industriais sugeriram ao governador Wellington Dias (PT) um choque de gestão na administração estadual.

Há cerca de 10 dias, representantes do setor, através da Associação Industrial do Piauí (AIP), entregaram um relatório a Wellington Dias dando detalhes de como seria esse choque de gestão. O documento sugere a redução de secretarias de Estado, de cargos comissionados, cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e aumento de investimentos na infraestrutura para atrair novas indústrias ao Piauí.

Foto: Jailson Soares/O Dia


Joaquim Costa Filho, presidente da Fiepi, defende enxugamento da máquina administrativa para racionalizar gastos

�€œHá, na máquina estatal, vários órgãos que fazem praticamente a mesma coisa e o Estado poderia economizar recursos de otimizar a administração pública. Por exemplo, não faz sentido a existência da Secretaria de Mineração, que poderia ser um departamento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Assim como a Gaspisa, criada no primeiro governo de Wellington Dias e que poderia também estar subordinada a outro órgão�€, explica o presidente da Associação Industrial do Piauí, Joaquim Costa.

No documento que foi entregue também ao secretário de Governo, Merlong Solano, a AIP solicita a melhoria de infraestrutura para o distrito industrial de Teresina e também a busca pela instalação da fábrica da Suzano Papel e Celulose no Piauí. A empresa instalaria uma unidade no município de Palmerais no ano passado, mas diante da crise mundial, desistiu em fevereiro de 2011.

Joaquim Costa, no entanto, acredita que o Governo do Estado pode tentar fazer a empresa a voltar a ter interesse em se instalar no Piauí. O próprio governador Wellington Dias afirmou na época, quando já era senador, que a Suzano apenas teria adiado os planos de se instalar no Estado, e não desistido definitivamente. O parque industrial do Piauí, que inclui a construção civil, emprega cerca de 40 mil a 50 mil pessoas, de acordo com estimativas da AIP. E representa ainda 11% do PIB do Estado.

Por: Robert Pedrosa - Jornal O Dia
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