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"Grito dos Excluídos" protesta contra Reforma Trabalhista

O ato acontece paralelo às comemorações do desfile pelo Dia da Independência do Brasil, em frente à Alepi.

07/09/2017 08:20

O 23º Grito dos Excluídos, organizado pela Arquidiocese de Teresina, reúne, na manhã de hoje (7), movimentos sociais dos mais diversos segmentos para reivindicar direitos e democracia no país. O ato acontece paralelo às comemorações do desfile cívico pelo Dia da Independência do Brasil, em frente à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e, entre as denúncias e reivindicações, destaca-se o protesto contra a Reforma Trabalhista, proposta pelo atual Governo. 
O movimento acontece em todo o país hoje e é uma iniciativa da Igreja Católica a fim de chamar a atenção das autoridades para a preservação da vida e das minorias, assim como para dar destaque às reivindicações socais. Por isso, o tema do ato deste ano é “Por Direitos e Democracia, a luta é todo o dia”. 

Líderes se reuniram para traçar as estratégias de como chamar a atenção da população no ato (Foto: Divulgação)

O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Paulo Bezerrra, que também está participando do ato, destaca que, na ocasião, será feita uma coleta de assinaturas pedindo a revogação da Reforma Trabalhista. “Isso vai ser feito em todos os atos, em todo o país, teremos faixas e cartazes contra a reforma e demais injustiças”, frisa. 
Adonias Moura, representante da Caritas Brasileira Regional do Piauí, também participa da manifestação e vê no tema desta edição uma forma de exercer a democracia. “A igreja como um todo sempre teve essa preocupação de fazer essa grande manifestação trazendo todas as questões de direitos violados. Precisamos reivindicar e, nesse contexto atual, nada mais necessário que a gente trazer a democracia para mostrar que ela não se exerce somente através do voto, mas também quando vamos para as ruas fazer nosso pronunciamento e mostrar o que infelizmente ameaça e agride nossos direitos”, destaca. 
Uma das coordenadoras do Grito dos Excluídos, Ana Lúcia Corbani, explica que cada grupo estará com sua bandeira, mas todos lutando pelos direitos e democracia do país. “O Brasil nunca passou por uma agitação tão caótica de negação dos nossos direitos conquistados pela Constituição de 1988. O objetivo é mostrar nossa insatisfação, denunciar essa negação, a corrupção; no Piauí, se posicionar contra um projeto do agronegócio que está destruindo o serrado e entregando o Estado para multinacionais e, principalmente, contra as reformas trabalhistas, queremos revogar, porque ela é injusta e antiética”, enfatiza. 
O ato foi organizado com os grupos através de reuniões, a última foi feita na manhã de ontem (6), quando foram definidas as estratégias de como chamar a atenção da população e como se organizarem durante o ato. 
Origem 
A proposta do Grito surgiu no Brasil em 1994. A primeira edição foi realizada em setembro de 1995, motivado pelo tema da Campanha da Fraternidade do mesmo ano: “A Fraternidade e os excluídos”. A ideia era atrair os olhares voltados para a simbologia do dia 7 de setembro. No ano seguinte, em 1996, a Assembleia Geral dos Bispos discutiu e aprovou o Grito dos Excluídos.
Edição: Virgiane Passos
Por: Karoll Oliveira
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